Hoje na Economia 10/09/2015

Hoje na Economia 10/09/2015

Edição 1355

10/09/2015

No final do dia de ontem, os mercados financeiros começaram a ficar mais pessimistas, absorvendo o dado de emprego nos EUA (que mostrou mais aberturas de emprego) e com receio de que essa melhora pudesse levar a um aumento na taxa de juros americana na reunião da próxima semana.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, seguindo o movimento dos EUA ontem, com o índice MSCI Ásia Pacífico recuando 1,5%. O índice de Xangai, na China teve queda de 1,39%, enquanto a bolsa de Tóquio teve sua queda de 2,51%. O iene se depreciou contra o dólar após o comentário de um político ligado ao governo dizendo que a hora agora é para mais estímulos monetários, tendo perdido 0,752% de valor, cotado a 121,14 contra o dólar. Na China foram divulgados dados de inflação, sendo que o destaque foi a inflação ao produtor, que ficou abaixo do esperado (-5,9% contra expectativa de -5,6%), no menor nível desde out09 e levou a mais preocupação com a capacidade do governo chinês de evitar um hard landing.

Na Europa, as bolsas todas também operam em queda, com o índice pan-europeu STOXX600 caindo 0,71%. Há queda de 0,98% na bolsa de Londres, 0,76% na bolsa de Paris e 0,52% na bolsa de Frankfurt. O euro está perdendo valor diante do dólar, recuando 0,15% e cotado a 1,1189.

Os mercados de commodities estão em ligeira alta, em especial as commodities metálicas, com o preço do petróleo tipo Brent subindo 0,74%, cotado a US$ 47,93/barril.

Os mercados futuros americanos estão em alta, com o S&P500 subindo 0,23%. Os juros de 10 anos também estão em alta, a 2,21%. O dólar ganha valor, com o índice DXY subindo 0,04%.

No Brasil, ontem a agência de risco S&P rebaixou o rating da nota de crédito brasileira para abaixo do investment grade, com perspectiva negativa. O mercado já havia antecipado parte desse movimento, com alta de CDS, juros e câmbio no último mês sendo um reflexo da piora fiscal, mas a notícia ainda deve ter algum impacto sobre os mercados brasileiros. O real deve se depreciar, os juros futuros devem subir e a bolsa brasileira deve cair devido a isso, mas a intensidade não deve necessariamente ser muito elevada, devido à antecipação já mencionada. O cenário internacional, de queda de ações e moedas de países emergentes, tampouco ajuda os preços de ativos brasileiros hoje. Hoje ainda será divulgado o IPCA, para o qual é esperado variação de 0,23% M/M, mas que deve ter pouco impacto sobre os mercados.

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