Hoje na Economia 09/09/2015

Hoje na Economia 09/09/2015

Edição 1354

09/09/2015

Mercados financeiros seguem com maior otimismo, após anúncio de medidas de incentivo fiscal na China. O site do ministério das finanças chinês divulgou um comunicado no qual o governo chinês promete que vai acelerar os investimentos e diminuir a carga tributária sobre as empresas. O sinal de estímulo fiscal ajuda os mercados a subirem hoje, em especial os emergentes.

Na Ásia, as bolsas fecharam todas em alta, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 4,3%. O índice de Xangai, na China teve alta de 2,3%, enquanto a bolsa de Tóquio teve sua maior alta em 7 anos, avançando 7,7% (após o primeiro ministro japonês prometer cortar os impostos sobre as empresas). O iene segue se depreciando contra moedas de países avançados, tendo perdido 0,7% de valor, cotado a 120,64 contra o dólar.

Na Europa, as bolsas todas também operam em alta, com o índice pan-europeu STOXX600 subindo 2,24%. Há alta de 2,13% na bolsa de Londres, 2,45% na bolsa de Paris e 1,76% na bolsa de Frankfurt. O euro está perdendo valor diante do dólar, recuando 0,41% e cotado a 1,1157.

Os mercados de commodities estão em alta com a notícia de estímulo fiscal na China, com o índice Bloombrg/UBS de commodities subindo 1,06% (o destaque de alta sendo metálicas). A exceção é o petróleo, que cai por antecipação com os dados de estoques nos EUA (que sairá hoje). O preço do petróleo tipo Brent está caindo 0,93%, cotado a US$ 49,06/barril.

Os mercados futuros americanos estão em alta, com o S&P500 subindo 0,98%. Os juros de 10 anos também estão em alta, a 2,22%. O dólar ganha valor contra as moedas de países desenvolvidos, com o índice DEXY subindo 0,29%, mas perde contra países emergentes.

O Brasil deve ser novamente beneficiado pelo movimento na China e nos mercados emergentes, com alta na bolsa e valorização do real. Os juros futuros também podem cair pela diminuição da aversão ao risco e maior fluxo de entrada, em especial na parte longa da curva. No noticiário interno, as notícias seguem sendo mistas, com o governo aceitando que tem de fazer um superávit primário, mas propondo aumentos de impostos, que seguem sendo negados pelos políticos. Ontem o projeto de lei de repatriação de recursos do exterior, importante medida de ajuste fiscal, foi abandonado pelo presidente do Senado, e agora o Executivo pensa em tentar fazê-lo através de medida provisória, esse sendo mais um sinal de dificuldade política em realizar o ajuste fiscal.

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