Hoje na Economia 31/08/2015

Hoje na Economia 31/08/2015

Edição 1348

31/08/2015

Os negócios são tocados, nesta manhã, em meio a certo clima de aversão ao risco. Preocupações com a China permanecem, com crescente desconfiança sobre a capacidade do governo chinês de impedir que a economia escorregue para a recessão. Diante de uma economia mundial combalida, investidores também se perguntam se o crescimento global resistiria à elevação dos juros americanos.

As bolsas de ações recuam em todas as grandes praças internacionais, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,18%, no momento. O CAC40 de Paris recua 0,85% e o DAX30 de Frankfurt perde 0,86%. Londres, mercados fechados devido a feriado. O euro é negociado a US$ 1,1205, registrando valorização de 0,18% ante ao dólar. Foi divulgada a inflação ao consumidor da zona do euro, que ficou em 0,2% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, vindo ligeiramente acima ao consenso (0,1%).

No mercado americano, o índice futuro do S&P 500 registra queda de 0,95%, no momento, enquanto o futuro do D&J cai 0,17%. O dólar registra queda de 0,10% frente às principais moedas, segundo o índice DXY, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,163% ao ano.

Na Ásia, bolsas fecharam sem direcional único. O índice MSCI Asia Pacific fechou a sessão com queda de 0,7%. Destaque para a bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei apurou perda de 1,28%. Prevaleceram receios sobre o ritmo de crescimento global e a incerteza em torno da próxima decisão sobre política monetária nos EUA. No mercado de câmbio, a maior aversão ao risco favoreceu a valorização da moeda japonesa. No momento, o dólar é negociado a 121,27 ienes. Na China, a bolsa de Xangai fechou o dia com perda de 0,82%, com investidores duvidando da capacidade do governo de impedir novas quedas acentuadas no mercado de ações. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com alta de 0,27%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 2,03% nesta manhã, sendo negociado a US$ 44,30/barril. Demais commodities também operam no vermelho, com destaque para metais básicos.

No Brasil, sem perder de vista o comportamento dos mercados internacionais, investidores repercutirão o ambiente político doméstico. A decisão do governo de enviar ao Congresso o orçamento de 2016 com déficit em torno de R$ 30 bilhões deve alimentar especulações sobre o rebaixamento da nota de crédito brasileiro pelas agências de rating. Esse quadro, ao lado dos sinais externos negativos, envolvendo China e commodities, deve impedir uma reação positiva do mercado de ações, mantendo dólar e juros pressionados.

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