Hoje na Economia 20/08/2015

Hoje na Economia 20/08/2015

Edição 1341

20/08/2015

Ações operam em baixa em praticamente todas as principais bolsas de valores internacionais. Prevalece forte sentimento de aversão ao risco, nesta manhã, motivada pela percepção de que o crescimento da economia mundial não se mostra forte o suficiente para suportar uma elevação dos juros americanos e/ou um recuo mais significativo da economia chinesa.

Os mercados emergentes operam em baixa seguindo a queda das cotações das commodities e dos preços do petróleo. O Cazaquistão desvalorizou sua moeda, que era atrelada ao dólar, como um esforço para atenuar o impacto recessivo decorrente da queda dos preços do petróleo. Era a única economia emergente que ainda procurava manter sua moeda estável em relação ao dólar. Esses evento acentuou a aversão ao risco no dia de hoje.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam em queda. A bolsa de Xangai perdeu 3,42%, com os investidores temerosos de que depreciações adicionais da moeda chinesa e baixo crescimento econômico continuarão a alimentar a saída de capitais. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o dia com perda de 1,77%. Em Tókio, as preocupações com a saúde da economia mundial dominaram os negócios. O índice Nikkei fechou em baixa de 0,94%, refletindo, também, o impacto negativo do enfraquecimento do dólar frente ao iene, afetando as ações de empresas exportadoras. No momento, a moeda americana é cotada a 123,93 ienes, contra 124,25 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, os temores de enfraquecimento da economia global, captada pela fraqueza das cotações das commodities e petróleo, levam a forte movimento de venda de ações nos mercados europeus. O índice STOXX600 registra queda de 1,13%, no momento. Em Londres o índice FTSE100 recua 0,35%; o CAC40 de Paris cai 0,85% e o DAX de Frankfurt perde 0,86%. O euro é negociado a US$ 1,1159, com valorização de 0,35% diante da moeda americana.

Mercados de ações americanos também devem operar no vermelho, no dia de hoje. Os índices futuros das principais bolsas – S&P500 e D&J – registram queda de 0,69% e 1,26%, respectivamente, nesta manhã. A ata da reunião de política monetária de julho do Fed, divulgada ontem, não deu sinais claros de que a taxa de juros possa subir em setembro. Em consequência, o dólar recua frente às principais moedas, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,091% ao ano, refletindo as preocupações com a solidez da recuperação da economia americana.

As cotações do petróleo recuaram para nova mínima dos últimos seis anos, caindo para US$ 40,26/barril (-1,20% no momento), em consequência da expectativa de um menor crescimento da economia mundial. Demais commodities também operam em baixa: índice total -1,20%; metais básicos -0,10%; agrícolas -0,74%. Apenas metais preciosos operam em alta, liderados pelo ouro, que se valoriza 1,0% no momento.

Neste dia em que prevalece forte aversão ao risco, derrubando cotações do petróleo e demais commodities, os mercados brasileiros devem acompanhar as quedas observadas nos países emergentes em geral, que deverá resultar em Bovespa em queda, dólar pressionado e juros futuros em alta.

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