Hoje na Economia 27/07/2015

Edição 1323

27/07/2015

Bolsas da China voltam a apresentar forte queda, assustando os mercados mundiais. O índice Composto de Xangai recuou 8,48% no pregão de hoje, com os investidores preocupados com o fraco desempenho da economia chinesa, alimentando temores de que o governo não dispõe de instrumentos para evitar um hardlanding. O índice Hang Seng de Hong Kong recuou 3,09%.

Os temores com as bolsas chinesas se espalharam pelos mercados asiáticos, levando o índice MSCI Asia Pacific a perder 1,2% na sessão de hoje. No Japão, a bolsa de Tókio sofreu forte pressão vendedora, com investidores na defensiva por conta, também, da divulgação de novos resultados empresariais. O índice Nikkei desvalorizou 0,95% no dia de hoje. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 123,35 ienes, recuando ante 124,12 ienes de sexta-feira.

A nova onda de turbulência nos mercados chineses contribui, também, para elevar a percepção de risco nas bolsas europeias. O índice STOXX600 perde 1,21%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,15% nesta manhã, enquanto o CAC40 de Paris recua 1,44% e o DAX de Frankfurt exibe variação de -1,29%. O euro se beneficia da desvalorização do dólar observada no dia de hoje. A moeda comum é negociada a US$ 1,1073, valorizando-se 0,81%, neste momento.

A percepção de que o agravamento da crise econômica chinesa, ameaçando o crescimento da economia mundial, poderá levar o Fed a postergar a decisão de subir os juros derruba o valor global do dólar. A moeda americana recua frente às principais moedas. O dólar índex registra, no momento, queda de 0,64%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 0,71%, para 2,246% ao ano. O índice futuro do S&P 500 opera em baixa de 0,32%, nesta manhã.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 47,81/barril, recuando 0,66%. O índice de commodities total registra desvalorização de 0,72%, com destaque para metais básicos (-0,72%) e agrícolas (-0,79%).

A queda nas bolsas chinesas, se espalhando pelos principais mercados do mundo, alimentando a aversão ao risco, não prognostica um bom desempenho para a Bovespa no dia de hoje, que também sofrerá os reflexos negativos do conturbado momento político interno. O dólar deve continuar pressionado e volátil, alimentado pela precificação do risco de se perder o grau de investimento em futuro próximo. A perda do valor da moeda americana, por conta da crise chinesa, pode atenuar esse movimento, no dia de hoje. No mercado de juros futuros, os vértices mais longos devem acompanhar o valor do dólar, enquanto os curtos devem se manter estáveis, precificando uma nova elevação de 50 bps na reunião do Copom, desta semana.