Hoje na Economia 25/06/2015

Hoje na Economia 25/06/2015

Edição 1303

25/06/2015

Mercados abrem os negócios, nesta manhã, operando majoritariamente em queda. Não se pode dizer que prevaleça, propriamente, um ambiente de total aversão ao risco. Há, sim, cautela diante das negociações com a Grécia, que , aparentemente, entraram num impasse, levando o investidor a buscar ativos de menor risco.

Na Ásia, o índice regional MSCI Asia Pacific fechou o dia com pequena alta (0,1%). A bolsa de Tókio interrompeu uma sequência de ganhos de quatro dias. O índice Nikkei apurou queda de 0,46% ao final da sessão de hoje. O dólar perdeu força ante a moeda japonesa, fruto de busca por porto seguro. O dólar é cotado a 123,41 ienes nesta manhã, contra 123,89 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Composto de Xangai fechou com queda de 3,46% por conta das preocupações sobre o aumento excessivo de oferta de novas ações, os IPOs. Em Hong Kong, o índice Hang Seng também fechou em baixa, com variação de -0,95%.

Na Europa, mercados operam no ritmo em que novas notícias dão conta dos progressos nas negociações entre a Grécia e seus credores. No momento, o índice STOXX600 registra ganho de 0,23%; Londres +0,14%; Paris +0,32% e Frankfurt +0,69%. O euro é cotado a US$ 1,1193 (-0,10%, no momento), com ligeira queda frente à cotação de US$ 1,1200 de ontem à tarde.

As bolsas de ações americanas devem começar a sessão de hoje em alta, conforme sinaliza o futuro do S&P 500, que sobe 0,49% no momento. O dólar mostra fracas oscilações frente às principais moedas (índice DXY registra alta de +0,03%), enquanto o yield pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,391% (2,374% no final da tarde de ontem). Indicadores que serão divulgados devem mostrar que os gastos pessoais devem ter subido 0,5% em maio, na comparação com o mês anterior, enquanto o núcleo da inflação, medida pelo deflator do consumo (PCE), deve registrar alta de 0,2% A/A, no mês.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI registra queda de 0,28% no momento, sendo negociado a US$ 60,11/barril. As demais commodities também operam no vermelho, com a exceção de produtos agrícolas, que apresentam variação positiva de 0,10%.

No âmbito doméstico, devem pesar sobre os negócios as preocupações com o quadro fiscal, que dá sinais de piora diante das dificuldades que o governo enfrenta em aprovar as últimas medidas do ajuste. Ontem for aprovada a lei de desoneração, mas com tantas ressalvas que não é possível avaliar se o líquido foi positivo ou não. Foi aprovada também, com ajuda da base aliada, a extensão do reajuste do salário mínimo aos aposentados que ganham mais do que um salário. Um golpe sobre as contas da previdência e mais uma pedra política no caminho da Presidência. Crescem as chances de o governo pedir a revisão da meta fiscal de 1,1% do PIB, pela impossibilidade de atingi-la neste ano. Esse quadro, somado às incertezas que cercam a questão da Grécia, não deve favorecer os ativos brasileiros, no dia de hoje.

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