Hoje na Economia 13/05/2015

Hoje na Economia 13/05/2015

Edição 1273

13/05/2015

Os indicadores de atividade, divulgados na China nesta madrugada, confirmam que prossegue a desaceleração da economia neste segundo trimestre. Em abril, a produção industrial aumentou 5,9% em relação a igual mês do ano passado (5,6% em março), enquanto as vendas do comércio subiram 10,0% (10,2% em março), na mesma base de comparação. Houve incremento de 12,0% nos investimentos em ativos fixos no acumulado janeiro/abril, se constituindo na menor taxa de expansão dos últimos 14 anos. Todos os resultados ficaram abaixo das estimativas do mercado.

Para os analistas, os indicadores conhecidos hoje confirmam que a economia chinesa precisará de estímulos adicionais, caso se queira assegurar crescimento em torno de 7% para este ano. Os mercados de ações fecharam o dia em queda: índice Xangai Composto -0,58% e o índice Hang Seng -058%. No Japão, o índice Nikkei encerrou a sessão desta terça-feira com alta de 0,71%, em que pese o enfraquecimento do dólar. No momento, a moeda americana é cotada 119,79 ienes contra 120,0 ienes no pregão de ontem. O índice regional MSCI Asia Pacific encerrou o dia com alta de 0,3%, refletindo os ganhos não só no Japão, como na Coreia e Taiwan.

Na Europa, o PIB no primeiro trimestre cresceu 0,4% na comparação trimestral e 1,0% em relação a igual período de 2014. Esse resultado refletiu o retorno da França e Itália ao crescimento, enquanto na Alemanha, o desempenho no período ficou aquém do esperado. Esses resultados conjugados a estabilização do mercado de bônus, após o forte movimento de vendas de ontem, impulsionam as bolsas locais no dia de hoje. O índice STOXX600 opera com ganho de 0,85%, no momento, enquanto Londres sobe 0,47%; Paris +1,26% e Frankfurt +0,84%. O euro é negociado a US$ 1,1228 (US$ 1,1212 de ontem à tarde).

Nos EUA, o índice futuro do S&P 500 apura valorização de 0,34% nesta manhã, acompanhando a tendência ditada pela Europa. O dólar mostra certa estabilidade em relação às principais moedas, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,27% (-0,96%), após a alta de ontem causada pelo intenso movimento de vendas de títulos ocorrido em varias partes do globo. A agenda econômica contempla a divulgação das vendas do comércio de abril, que devem ter subido 0,2% no mês, desacelerando ante a expansão de 0,9% em março.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI registra alta de 1,02% nesta manhã, sendo negociado a US$ 61,36/barril, refletindo a fraqueza do dólar americano, bem como a previsão de menor produção dos produtores fora da OPEP.

No Brasil, a Bovespa abre sob impacto dos dados chineses, que vieram abaixo das projeções do mercado, como também dos bons números sobre a atividade econômica europeia. Mas o tom dos negócios será dado pela evolução do ajuste fiscal no Congresso, principalmente da MP 664, que reduz o acesso a benefícios sociais. No câmbio, o foco estará nos dados sobre o fluxo cambial, lembrando que o BC deve renovar 8.100 contratos de swap cambial que venceriam em junho. No mercado futuro de DIs, os vértices longos podem devolver parte da alta de ontem, acompanhando a acomodação dos juros longos internacionais.

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