Hoje na Economia 16/04/2015

Hoje na Economia 16/04/2015

Edição 1255

16/04/2015

Os mercados internacionais se arrastam nesta quinta-feira, em meio à ausência de notícias e dados econômicos relevantes, o que deixa os ativos oscilando entre margens estreitas, sem viés único.

Na Ásia, mercados fecharam em alta, com o índice regional MSCI Asia Pacific se valorizando 1,1% no dia, fechando no nível mais alto desde maio de 2008. Destaque para as bolsas da China, onde especulações sobre novas medidas de estímulo, após os fracos resultados econômicos divulgados ontem, alimentam o apetite ao risco. O índice Xangai Composto subiu 2,71%, enquanto Hong Kong apurou ganho de 0,44%. Em Tókio, o índice Nikkei fechou o pregão desta quinta-feira com ligeiro ganho (0,08%), impulsionado pelo bom desempenho de empresas ligadas ao petróleo e do setor imobiliário, neutralizando parcialmente movimento de realização de lucros. O dólar é cotado a 119,23 ienes nesta manhã, contra 110,13 ienes de ontem à tarde.

A moeda americana se mantém em queda frente às principais moedas, refletindo a crescente percepção de que o Fed não terá pressa em subir os juros diante dos fracos dados econômicos divulgados recentemente. O índice DXY – que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas – opera com queda de 0,11%, no momento, atingindo 98,221 pontos. A remuneração paga pela Treasury de 10 anos flutua em torno de 1,88% ao ano. O futuro do principal índice de ações americano, o S&P opera em baixa de 0,18%. Na agenda, serão divulgados os novos pedidos de seguro desemprego, que devem ter totalizado 280 mil na semana passada, contra 281 mil pedidos no período anterior.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,53%, nesta manhã, tendência que é seguida pelas demais bolsas da região: Londres perde 0,33%; Paris recua 0,50%; Frankfurt cai 1,32%. Esse quadro negativo mostrado pelas bolsas da região reflete os temores sobre o agravamento da crise da Grécia nas próximas semanas. O euro é negociado a US$ 1,0699, contra US$ 1,0685 do fim da tarde de ontem.

O produto tipo WTI é negociado a US$ 56,10/barril com queda de 0,53%, no momento, resultante de movimentos de ajuste técnico após as altas recentes. Demais commodities operam em alta, com o índice total de commodities subindo 0,17%, com destaque para metais básicos +1,41% e metais preciosos +0,09%.

No mercado doméstico, a mudança de humor no campo política pode levar o investidor de volta a defensiva. Os protestos ocorridos em diversas regiões do país contra a terceirização no mercado de trabalho e o aumento da possibilidade de um movimento de impeachment da presidente, após a prisão do tesoureiro do PT, podem voltar a agitar o quadro político, colocando em risco a aprovação do ajuste fiscal. O cenário de queda da Bovespa, nova rodada de valorização do dólar e abertura das taxas de juros poderá ser o corolário desse ambiente de maior risco.

Topo