Hoje na Economia 15/04/2015

Edição 1254

15/04/2015

O foco dos agentes, no dia de hoje, recairá sobre a economia americana, cuja agenda, contemplando a divulgação do Livro Bege e indicadores industriais, deve acalentar as apostas sobre o momento em que o Fed iniciará o aperto monetário. Sinais de que o enfraquecimento da economia americana nestes primeiros meses do ano é temporário devem fortalecer o dólar e os juros das treasuries.

A moeda americana se valoriza frente às principais moedas – índice DXY +0,43%, atingindo 99,181 pontos – enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 1,893% ao ano. O índice futuro do S&P opera em alta de 0,25%, no momento. A produção industrial de março deverá mostrar queda de 0,3% na comparação mensal, segundo as previsões do mercado, enquanto o índice de atividade de NY, referente a abril, deverá mostrar que a economia da região ganhou maior dinamismo no período.

Na Europa, bolsas de ações operam em alta à espera da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). As diretrizes principais da política deverão ser mantidas, mas a atenção dos agentes se concentrará na entrevista que Mario Draghi concederá após o encontro, onde deverá detalhar o desempenho econômico recente e o cenário prospectivo. O índice STOXX600 registra valorização de 0,64% no momento. Em Londres, bolsa local sobe 0,40%; Paris ganha 0,66% e Frankfurt avança 0,48%. O euro é negociado a US$ 1,0606, com queda de 0,45% no momento.

Na Ásia, a maior parte dos mercados fechou em queda. O índice regional MSCI Asia apurou perda de 0,4% no pregão de hoje, após nove dias de altas consecutivas. Os indicadores divulgados na China nesta noite reforçaram o cenário de desaceleração econômica. O PIB no 1T15 mostrou alta de 7,0% ante igual período do ano anterior (7,3% no 4T14 A/A), enquanto a produção industrial (6,4% A/A) e vendas no varejo (10,2% A/A) vieram abaixo das expectativas do mercado, reforçando o quadro de fraqueza da economia chinesa. A bolsa de Xangai terminou o dia com queda de 1,24%, enquanto Hong Kong apurou alta de 0,21%. No Japão, o índice Nikkei perdeu 0,20%, refletindo o enfraquecimento do dólar, que ao longo do pregão foi negociado a 119,38 ienes.

No mercado de petróleo, enquanto o Irã comanda movimento a favor da redução da produção, as cotações do produto mantém trajetória de alta. O produto tipo WTI é negociado a US$ 54,00/barril, com ganho de 1,33% no momento. Demais commodities operam em direções contrárias, com destaque para alta de 0,22% para os metais básicos e queda de 0,25% para agrícolas.

No mercado doméstico, o destaque será a divulgação do índice de atividade econômica (IBC-Br) do Banco Central, que em fevereiro deve ter recuado 0,20% no mês e -4,0% na comparação com igual mês de 2014. Esse resultado, que espelha a fraqueza da produção industrial e das vendas do comércio no período, reforça o cenário de contração do PIB no primeiro trimestre deste ano.