Hoje na Economia 01/04/2015

Edição 1245

01/04/2015

Dados mais positivos sobre atividade industrial chinesa dão o tom mais otimista para os mercados hoje. O índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria, divulgado pela NBS, ficou em 50,1 em março (49,9 em fevereiro), superando o consenso (49,7). Esse número atenua temores de desaceleração adicional da economia chinesa, sugerindo que os efeitos dos estímulos adotados recentemente já estimulam o setor manufatureiro chinês.

Em Xangai, o índice Composto fechou com alta de 1,66%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong apurou ganho de 0,73%. No Japão, os fracos resultados apurados pela pesquisa trimestral Tankan, efetuada pelo banco central japonês junto às empresas para conhecer a intenção de investimento, desanimaram os agentes, levando a queda no mercado de ações. O índice Nikkei fechou o dia com recuo de 0,90%. O dólar é negociado a 120,15 ienes nesta manhã, mantendo-se próximo a cotação de 120,25 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, os índices de gerentes de compras da região do euro surpreenderam positivamente, mostrando incremento na atividade industrial decorrente do aumento da demanda por exportação, fruto de um euro mais desvalorizado. O índice de ações pan-europeu STOXX600 opera com alta de 0,77%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 1,05%, enquanto o CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt registram valorizações de 1,39% e 1,10%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,0751, que se compara a US$ 1,0740 no final da tarde de ontem.

Nos Estados Unidos, os futuros dos principais índices de ações operam no vermelho, nesta manhã: S&P recua 0,09%, enquanto o D&J perde 0,21%. O dólar mostra fracas flutuações em relação à cesta de moedas representada no índice DXY, que registra alta de +0,04%. O juro pago pelo T-bond de 10 anos situa-se em 1,923% ao ano. Na agenda, a divulgação da folha de pagamento pela ADP, que segundo as projeções do mercado, o setor privado deve ter criado liquidamente 225 mil vagas em março, contra 212 mil vagas em fevereiro.

No mercado de petróleo, o impasse sobre o acordo nuclear do Irã mantém a tendência de baixa das cotações do produto. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 47,21/barril com queda de 0,82%, no momento. Demais commodities sobem na esteira dos bons números chineses, com destaque para metais básicos (+0,23%) e agrícolas (+0,52%).

No mercado doméstico, os esforços realizados pelo ministro da Fazenda para realizar o ajuste fiscal se mantém no centro das atenções, sendo causa de fortes volatilidades nos mercados, principalmente do dólar e juros. Após a participação no Congresso ontem, o ministro Levy conseguiu (apenas) adiar a votação de projetos (aplicação de novo indexador da dívida dos Estados e municípios) que podem comprometer o ajuste. Na agenda, a divulgação da produção industrial de fevereiro, que de acordo com as projeções do mercado, deve apresentar queda de 1,5% frente a janeiro e recuo de 10,1% diante de fevereiro de 2014.