Hoje na Economia 31/03/2015

Edição 1244

31/03/2015

Mercados operam entre altos e baixos em dia de poucos eventos importantes do ponto de vista econômico.

Mercados asiáticos fecharam, em sua grande maioria, em queda. O índice regional MSCI Asia Pacific recuou 0,30% na sessão de hoje. Na China, bolsa recuou após a forte alta de ontem estimulada por sinalização de novas medidas de estímulo econômico dada pelas autoridades chinesas. O índice Xangai Composto apurou queda de 1,02%. Hong Kong atuou em direção oposta: o Hang Seng registrou ganho de 0,18%. No Japão, o índice Nikkei encerrou o dia com queda de 1,05%, refletindo movimento de realização de lucro. A moeda americana é cotada a 119,98 ienes recuando diante do valor de 120,17 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, o euro perde força diante das principais moedas, com investidores preocupados com as negociações em torno do novo financiamento à Grécia. Nesta manhã, o euro troca de mãos a US$ 1,0734 contra US$ 1,0824 no fim da tarde de ontem. No mercado de ações, o índice STOXX600 opera em ligeira queda no momento (-0,17%). Londres recua 0,85%; Paris -0,19% e Frankfurt -0,57%. A inflação ao consumidor da zona do euro ficou em -0,1% no acumulado de doze meses até março. A taxa de desemprego da região recuou para 11,3% em fevereiro, de 11,4% em janeiro.

Nos Estados Unidos, os futuros dos principais índices de ações operam em direção distinta. O S&P registra queda de 0,54%, enquanto o D&J avança 0,20%, no momento. O dólar mantém sua trajetória de valorização, decorrente dos bons números econômicos divulgados ontem, reafirmando as apostas em alta da taxa básica de juros nos próximos meses. O índice DXY sobe 0,56% no momento, situando-se em 98,521 pontos. A remuneração da Treasury de 10 anos situa-se em 1,952% ao ano.

No mercado de petróleo, os preços futuros do produto permanecem pressionados à espera do resultado das negociações sobre o programa nuclear do Irã, que pode levar ao levantamento das sanções às exportações iranianas de petróleo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 47,62/barril, nesta manhã, com queda de 2,16%. Demais commodities também operam em queda, com o índice total perdendo 0,98%; metais básicos -1,12%; agrícolas -0,31% e metais preciosos -0,44%.

Na agenda doméstica, destaque para a participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a partir das 10hs, para discutir as diretrizes e perspectivas da política econômica para 2015. Será anunciado o resultado fiscal primário do governo central em fevereiro, que segundo o consenso deverá apurar superávit em torno de R$ 200 milhões no mês (R$ 10,4 bilhões em janeiro). Os mercados devem, mais uma vez, responder aos eventos domésticos relacionados aos esforços do ministro Levy na defesa do ajuste fiscal. Fator que pode amplificar a volatilidade decorrente da evolução do dólar e juros americanos.