Hoje na Economia 05/03/2015

Hoje na Economia 05/03/2015

Edição 1226

05/03/2015

As atenções estarão voltadas para a Europa, onde hoje ocorre a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Os investidores esperam por maiores detalhes da política de expansão monetária (QE) anunciada na reunião anterior. A instituição planeja comprar 60 bilhões de euros em títulos, em bases mensais, podendo somar 1 trilhão de euros até setembro de 2016.

O euro recuou para o seu menor patamar frente ao dólar americano em onze anos, chegando a ser cotado a US$ 1,1026 no início da sessão europeia. No momento, a cotação encontra-se em US$ 1,1048. Mercado de ações otimista com a perspectiva de elevada liquidez à frente, opera em alta. O índice STOXX600 registra ganho de 0,36% no momento, enquanto Londres sobe 0,19%, Paris +0,49% e Frankfurt registra +0,44%.

Os futuros dos principais índices de ações norte-americanos apresentam-se relativamente estáveis, nesta manhã, com S&P e D&J flutuando em torno da estabilidade. O dólar avança frente às principais moedas – o índice DXY sobe 0,25%, no momento – enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,124% ao ano. Serão conhecidos os novos pedidos de seguro desemprego, que somaram 295 mil na semana passada, segundo as projeções do mercado, recuando 18 mil em relação à semana anterior.

Mercados asiáticos fecharam em queda, refletindo as preocupações com um cenário de menor crescimento chinês, além da cautela decorrente da expectativa que cerca a reunião do BCE no dia de hoje. Na China, o governo anunciou que a meta de crescimento da economia para 2015 foi reduzida para 7,0% ante a meta de 7,5% em 2014. Em Xangai, o índice Composto perdeu 0,95%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,11% no pregão de hoje. Em Tókio, o índice Nikkei fechou com alta moderada (+0,26%), em meio a baixo volume de negócios, refletindo a postura cautelosa dos investidores em razão das dúvidas que cercam a reunião de hoje do BCE e sobre os dados de emprego nos EUA, que serão divulgados amanhã.

Os contratos futuros do petróleo mantiveram em alta durante o horário de negócios na Ásia. O produto tipo WTI é negociado a US$ 52,16/barril, com alta de 1,22% nesta manhã. Demais commodities também operam em alta: índice total +0,39%; metais básicos +0,67%; agrícolas +0,07%.

No mercado doméstico, a crise política decorrente dos desentendimentos entre o governo e a sua base de apoio no Congresso, colocando em xeque o ajuste fiscal, deve continuar alimentando o mau humor dos mercados. O dólar deve seguir em alta, alimentado não só pelo clima de aversão ao risco que predomina no ambiente interno, como pelas notícias que virão da Europa, que poderão fortalecer o dólar globalmente. O Copom, ontem, não trouxe novidades e confirmou as projeções subindo a Selic para 12,75%. O comunicado foi lacônico, evitando assumir qualquer compromisso.

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