Hoje na Economia 20/01/2015

Hoje na Economia 20/01/2015

Edição 1199

20/01/2015

Dados econômicos melhores do que o mercado esperava, divulgados na China nesta madrugada, animam os investidores, mas que mantém certa cautela diante de novas projeções divulgadas pelo FMI, prevendo menor crescimento mundial para este ano.

O PIB chinês cresceu 7,3% no 4T14 (consenso: 7,2%) comparado com igual período de 2013, fechando o ano com expansão de 7,4% (consenso: 7,3%), ficando não só abaixo da meta oficial de 7,5%, como também é a menor expansão anual dos últimos 24 anos. A produção industrial (+7,9% A/A) e as vendas de comércio (+11,9% A/A), ambos de dezembro, também vieram melhores do que o estimado pelo mercado.

O índice regional MSCI Asia Pacific fechou em alta de 0,7%, com destaque para a bolsa de China, onde o índice Xangai Composto encerrou o pregão com ganho de 1,82%, enquanto Hong Kong subia 0,90%. No Japão, o índice Nikkei fechou a sessão com alta de 2,07%, impulsionado principalmente pelos resultados chineses e um iene mais fraco. No mercado de moeda, a divisa americana é negociada a 118,20 ienes, contra 117,69 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, o índice STOXX600 opera com valorização de 0,52%, nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,31%; o CAC40 de Paris avança 0,64% e o DAX30 de Frankfurt ganha 0,22%. O euro é negociado a US$ 1,1590 contra US$ 1,1604 de ontem à tarde.

Os futuros das principais bolsas de ações americanas também operam em alta. Os futuros dos índices S&P e D&J registram valorizações de 0,28% e 0,25%, respectivamente, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,797% ao ano, enquanto o dólar sustenta movimento de valorização frente às principais moedas.

Os preços do petróleo operam em queda nesta terça-feira, refletindo as preocupações do mercado com a economia mundial, após o FMI ter revisto para baixo as projeções para o PIB global e a China ter divulgado seu menor crescimento dos últimos 24 anos. O petróleo tipo WTI é cotado a US$ 47,13/barril, com queda de 3,20%, no momento. As demais commodities também operam no vermelho, com exceção dos metais preciosos que se valorizam 1,05%, nesta manhã.

Temores de um racionamento de energia (evento cada vez mais provável) e menor crescimento mundial, derrubando as commodities, pesam do lado negativo para o desempenho da Bovespa no dia de hoje. Do lado positivo, contam as medidas de ajuste fiscal anunciadas ontem pelo ministro Joaquim Levy, incluindo a volta da CIDE, coerentes com o esforço de gerar superávit fiscal de 1,2% do PIB este ano. O dólar deve abrir em alta ante ao real, influenciado pelo cenário externo, bem como por um cenário onde um "apagão" de energia torna-se cada vez mais provável. No mercado de juros, os vencimentos mais curtos deverão mostrar certa estabilidade à espera do Copom amanhã, enquanto os longos flutuarão em sintonia como avanço do dólar.

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