Hoje na Economia 06/01/2015

Edição 1190

06/01/2015

Mercados amanhecem tomados por claro sentimento de cautela, motivado pelo intenso movimento de vendas de ações ocorridas nas principais bolsas de valores no dia de ontem, bem como diante de novas quedas dos preços do petróleo, além das incertezas que cercam a política grega.

Na Ásia, mercados registraram queda pelo segundo dia consecutivo, levando o índice "benchmark" regional ao seu maior declínio em seis meses. O índice MSCI Asia Pacific encerrou a sessão de hoje com queda de 1,8%. No Japão, o índice Nikkei recuou 3,02%, motivado pelo fortalecimento do iene frente ao dólar, reflexo da busca por porto seguro em dia de forte aversão ao risco. A moeda americana é negociada a 118,87 ienes contra 119,64 ienes no final do pregão de ontem. Na China, a bolsa de Xangai fechou estável, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou perda de 0,99%.

Na Europa, temores de que a crise política na Grécia leve o país a deixar a zona do euro aprofundam os movimentos de vendas nas principais bolsas de valores da região. O índice STOXX600 registra queda de 0,73%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 perde 1,10%; em Paris o CAC40 recua 0,57%; o DAX30 de Frankfurt cai 0,56%. O euro é negociado a US$ 1,1924, que se compara a US$ 1,1948 de ontem à tarde.

Os futuros das principais bolsas de ações norte-americanas acompanham o mau humor prevalecente nesta manhã, apontando para mais um dia de perdas para o mercado de ações. Os índices futuros do S&P e D&J registram recuos de 0,15% e 0,13%, respectivamente, nesta manhã. O dólar se mantém relativamente estável diante das principais moedas, registrando leve perda ante a moeda comum europeia e queda acentuada ante ao iene japonês. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 1,989% ao ano, nesta manhã.

Os preços do petróleo permanecem em queda, estimulada, hoje, pelos rumores de aumento dos estoques do produto em poder dos EUA. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 49,30/barril, com queda de 1,48%, no momento. Excluindo as commodities energéticas, influenciadas pela queda nos preços do óleo, demais apresentam valorização: metais +0,23%; metais preciosos +0,85% e agrícolas +0,05%.

As expectativas para a Bovespa não são favoráveis para hoje. Preços do petróleo abaixo de US$ 50/barril e Grécia ameaçando precipitar nova crise na Europa alimentam a aversão aos ativos de risco em geral. Esse ambiente favorece o dólar ante ao real, podendo pressionar, também, as taxas de juros futuras, principalmente os contratos com vencimentos mais longos.