Hoje na Economia 05/09/2014

Hoje na Economia 05/09/2014

Edição 1108

05/09/2014

Mercados abrem, nesta manhã, operando em compasso de espera, aguardando a divulgação do relatório de emprego nos EUA, que poderá dar força ao cenário de que o Fed poderá iniciar a alta da taxa dos fed funds no primeiro semestre de 2015. As projeções apontam para a continuidade do processo de fortalecimento do mercado de trabalho. Segundo as estimativas do mercado, a economia americana deve ter criado liquidamente 230 mil vagas em agosto, contra 209 mil em julho. A taxa de desemprego deve ficar em torno de 6,1% (6,2% no mês anterior).

Enquanto se espera pelos dados de emprego, os futuros das principais bolsas norte-americanas operam no vermelho: S&P -0,37% e D&J -0,33%. O dólar mostra ligeiro recuo frente às principais moedas (dólar index: -0,08%), ao mesmo tempo em que o juro pago pela Treasury de 10 anos permanece flutuando ao redor de 2,45% ao ano. A moeda americana mostra baixa oscilação em relação às demais moedas nesta manhã, refletindo a cautela dos investidores, que evitam grandes movimentações antes da divulgação do relatório de emprego nos EUA.

Na Europa, os mercados absorvem as medidas de estímulos anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE), na reunião de política monetária ocorrida ontem. O BCE surpreendeu o mercado ao reduzir suas três principais taxas de juros, bem como anunciar ambicioso programa de compra de ativos como parte da estratégia de impulsionar a economia da região do euro. O euro, que chegou a ser negociado a US$ 1,2920 após o anúncio, troca de mãos a US$ 1,2961, nesta manhã. No mercado de ações, maioria das bolsas opera em baixa, com o índice STOXX600 perdendo 0,56%, no momento. Em Londres, o FTSE100 registra queda de 0,47%, enquanto o CAC40 de Paris recua 0,47%. O DAX30 de Frankfurt registra perda de 0,23%.

Na Ásia, as bolsas operaram entre altos e baixo, levando o índice MSCI Asia Pacific a encerrar o dia com perda de 0,4%. Na bolsa de Tókio, o índice Nikkei fechou praticamente estável (-0,05%), em um pregão em que o movimento de realização de lucros superou a forte valorização do dólar, que normalmente tem impulsionado os negócios na bolsa japonesa. O dólar vale 105,16 ienes nesta manhã, recuando ante 105,44 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com alta de 0,85%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong perdeu 0,23%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 94,93/barril, com valorização de 0,51%, no momento. As demais commodities operam em alta nesta manhã, com destaque para as agrícolas (+0,27%) e metálicas (+0,19%).

A Bovespa deve acusar, em parte, os efeitos do relatório de emprego americano sobre as bolsas internacionais. Mas contará com uma pitada doméstica, decorrente da indefinição eleitoral captada pelas últimas pesquisas. Os dados americanos também influenciarão o câmbio, com grande probabilidade de o dólar se valorizar frente ao real, diante das especulações de aperto antecipado da política monetária americana. No mercado de juros, após o Copom, em sua última reunião, ter deixado claro que não pretende mexer nos juros tão já, a divulgação do IPCA de agosto (consenso 0,25%) não deve ter impactos relevantes sobre a curva de DIs futuros.

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