Hoje na Economia 01/08/2014

Hoje na Economia 01/08/2014

Edição 1083

01/08/2014

Mercados abrem, nesta manhã, operando em compasso de espera e muita cautela, aguardando a divulgação do relatório de emprego nos EUA. Há uma série de fatores que levam os investidores a realizarem lucros e reduzirem a exposição ao risco, no dia de hoje. O risco geopolítico vem aumentando, os indicadores recentes divulgados nos EUA sugerem que o Fed pode elevar a taxa básica de juros mais cedo do que se espera e a questão da Argentina coloca dúvidas sobre o futuro do crédito soberano.

As projeções apontam para a continuidade do processo de fortalecimento do mercado de trabalho nos EUA. Segundo as estimativas do mercado, a economia americana deve ter criado liquidamente 230 mil vagas em julho, contra 288 mil no mês anterior. A taxa de desemprego deve ficar em torno de 6,1%. Os futuros das principais bolsas americanas apontam para mais um dia de queda. Os índices S&P e D&J registram recuos de 0,71% e 0,65%, respectivamente. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,58%, enquanto o dólar se fortalece frente às principais moedas.

Na Europa, os indicadores de atividade (PMI) confirmaram o ritmo mais fraco de expansão em julho antecipado pelos dados preliminares, alimentando o desânimo dos investidores. Ademais, resultados corporativos decepcionantes e a expectativa em torno do payroll americano empurram os mercados de ações para o vermelho. O índice STOXX600 apura queda de 1,43% no momento, enquanto as bolsas de Londres, Paris e Frankfurt perdem -1,35%; -1,43% e -2,02%, respectivamente. O euro troca de mãos a US$ 1,3399, pouco acima da cotação de US$ 1,3392 de ontem à tarde.

Na Ásia, nem mesmo o indicador PMI-manufatura de julho divulgado na China, mostrando maior dinamismo na atividade manufatureira chinesa, animou os investidores. Influenciado pelas fortes quedas ocorridas ontem em Nova York, as principais bolsas da região fecharam em queda. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com recuo de 1,1%. No Japão, a bolsa de Tókio encerrou o dia em queda, com investidor cauteloso preferindo aguardar o relatório de emprego americano para avaliar suas possíveis implicações na política monetária nos próximos meses. O índice Nikkei registrou queda de 0,63%, segundo dia de queda, mas ainda preservando 0,2% de ganho na semana. O dólar é negociado a 102,94 ienes ante 102,85 ienes no fechamento do pregão de ontem. Na China, os dados mais positivos sobre atividade industrial não animaram os investidores, levando a bolsa de Xangai a uma perda de 0,74%, enquanto em Hong Kong, bolsa local apresentou recuo de 0,91%.

O petróleo tipo WTI é cotado a US$ 97,29/barril, com queda de 0,92% nesta manhã. Demais commodities também operam em baixa.

Com uma agenda pesada de indicadores, em meio a forte aversão ao risco, a Bovespa deverá ficar refém dos eventos externos, acompanhando a tendência ditada pelas bolsas internacionais. Com o dólar se fortalecendo frente às principais moedas, o real deverá permanecer pressionado ao longo do dia. No mercado de juros, os efeitos baixistas decorrentes da fraqueza que os dados da produção industrial devem mostrar em junho (consenso -2,3% MoM) deverão ser compensados pela pressão de alta decorrente do avanço do dólar e dos juros longos americanos.

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