Hoje na Economia 17/07/2014

Hoje na Economia 17/07/2014

Edição 1072

17/07/2014

O mercado de capital global amanhece com clara aversão ao risco, estampada nos recuos das bolsas europeias e nos futuros americanos, levando a valorização da renda fixa considerada safe haven, bem como do ouro e de moedas como a iene japonês.

A União Europeia e os EUA impuseram novas sanções à Rússia, envolvendo medidas restritivas a bancos e empresas de defesa e de energia, visando terminar com o apoio russo aos rebeldes na Ucrânia.

O mercado de ações europeu, após a valorização de 1,3% de ontem, opera com queda de 0,55% nesta manhã, segundo o índice pan-europeu de ações, STOXX600. Em Londres, o FTSE100 perde 0,40%, enquanto o CAC40 de Paris recua 0,60% e o DAX30 de Frankfurt desvaloriza 0,47%. O euro vem operando em torno de US$ 1,3531, pouco acima da cotação de US$ 1,3526 do final da tarde de ontem.

No mercado americano, os futuros das bolsas S&P e D&J operam com quedas de 0,42% e 0,23%, respectivamente. O yield pago pela Treasury de 10 anos recuou para 2,50% ao ano, enquanto o dólar devolve parte dos ganhos observados ontem diante das principais moedas. Na agenda econômica, o Departamento do Comércio divulgará a construção de novas casas em junho, que segundo o consenso deve ter subido 1,9% em relação ao mês anterior. Em outro relatório, se conhecerá os novos pedidos de seguro desemprego, que devem ter somado 310 mil na semana passada, ligeiramente acima dos 304 mil reportados na semana anterior.

Na Ásia, a cautela prevaleceu entre os investidores. O índice MSCI Asia Pacific fechou muito próximo à estabilidade. Na bolsa de Tókio, o índice Nikkei apurou queda de 0,06%, após um início de pregão em alta, seguindo o desempenho de ontem das bolsas americanas. O fortalecimento do iene afetou negativamente as ações das empresas exportadoras. O dólar fechou o pregão japonês a 101,50 ienes, contra 101,70 ienes de ontem à tarde. Na China, movimento de vendas de ações de empresas de automóveis e energia levou o índice Composto de Xangai a contabilizar perda de 0,57%, enquanto Hong Kong encerrava o dia estável.

O petróleo tipo WTI opera em alta, impulsionado pela queda nos estoques do produto, elevando o preço do barril para US$ 102,29 (+1,08%), nesta manhã. Demais commodities os resultados são mistos: metais preciosos (+0,35%) e energia (+0,12%) sobem, enquanto agrícolas (-0,34%) e metálicas (-0,10%) operam em baixa.

No mercado doméstico, será divulgado o índice IBC-Br de maio (consenso -0,40%MOM), que deve confirmar a retração da atividade econômica no período. Os crescentes riscos de se ter um PIB negativo no 2º trimestre devem manter a tendência de fechamento da curva de DIs futuros. Favorece essa tendência, no dia de hoje, a possibilidade de apreciação do real decorrente da trajetória de desvalorização apresentada pelo dólar nos mercados externos. A Bovespa deve ser contaminada também pelo clima de aversão ao risco, acompanhando a tendência de queda apresentada pelas principais bolsas mundiais, nesta manhã.

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