Hoje na Economia 03/07/2014

Edição 1063

03/07/2014

Mercados abrem, nesta manhã, operando em ritmo de espera, aguardando a divulgação do relatório de emprego nos EUA, que poderá estimular o debate sobre o momento em que o Fed começará a elevar a taxa básica de juros, mudando o sinal da atual política monetária. As projeções apontam para a continuidade da recuperação do emprego, que deverá subir de uma criação líquida de 217 mil vagas em maio, para 220 mil em junho. A taxa de desemprego deve ficar em torno de 6,3%.

Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas operam no azul, no momento, mas com discretas altas (S&P +0,09% e D&J +0,10%). O dólar parece antecipar o bom resultado na criação de empregos, operando em alta frente às principais moedas nesta manhã, ao mesmo tempo em que o juro pago pelaTreasury de 10 anos permanece flutuando ao redor de 2,63% ao ano.

Na Ásia, as bolsas não mostraram uma tendência definida. O índice MSCI Asia Pacific fechou com ligeira queda (-0,1%). Na bolsa de Tókio, o índice Nikkei fechou em queda (-0,14%), com investidores cautelosos à espera da divulgação do relatório de emprego nos EUA. O dólar se manteve praticamente estável ante o iene ao longo da sessão asiática. No momento, é negociado a 101,94 ienes contra 101,92 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com ganho de 0,19%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong contabilizou perda de 0,08%.

Na Europa, o euro chegou a se valorizar frente à moeda americana (cotado a US$ 1,3654, no momento), ante a expectativa da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que ocorre nesta manhã. Não se espera por qualquer movimentação nas taxas de juros, mas grande interesse cerca a coletiva de imprensa a ser concedida por Mario Draghi, quando poderá fornecer maiores detalhes sobre o programa de compra de ativos mencionado na reunião anterior. Os investidores também operam aguardando o relatório de emprego nos EUA. O índice STOXX600 registra alta de 0,34% no momento. Em Londres, o FT100SE opera com valorização de 0,44%, tendência semelhante observada em Paris (+0,45%) e Frankfurt (+0,53%).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI opera em baixa, refletindo o restabelecimento da produção na Líbia. No momento, é negociado a US$ 104,10/barril, com perda de 0,36%. As commodities em geral não mostram tendência única, com destaque para metais (+0,13%), e agrícolas (+0,15%).

Com uma agenda doméstica esvaziada, a Bovespa deve seguir as bolsas americanas, devendo, também, repercutir a pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha. Mercados de juros e câmbio deverão reagir aos números da payroll, refletindo os impactos sobre o valor do dólar e sobre os juros das treasuriesamericanas.