Hoje na Economia 07/05/2014

Edição 1024

07/05/2014

Preocupados com o desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia, que cada vez mais parecem caminhar para um conflito aberto, investidores deverão acompanhar o discurso que Janet Yellen fará às 11hs, na Câmara dos Representantes, sobre perspectivas econômicas.

A ideia de que a chairwoman do Fed reforçará o cenário de crescimento moderado e baixas taxas de inflação sustenta o yield do T-Bond de 10 anos em 2,581%, enquanto o dólar mostra fracas oscilações diante das principais moedas. Os futuros das principais bolsas americanas (S&P e D&J) flutuam em torno da estabilidade, nesta manhã.

Na Europa, os resultados corporativos de importantes casas bancárias vieram abaixo das estimativas dos analistas, levando a movimento de vendas nos mercados de ações da região. O índice STOXX600 opera com queda de 0,31%, sendo acompanhado por: Londres -0,39%; Paris -0,10% e Frankfurt -0,11%. No mercado de moedas, o euro troca de mãos a US$1,3925, contra US$ 1,3930 de ontem à tarde, mantendo-se próximo do mais elevado patamar das últimas oito semanas, enquanto se aguarda pela reunião de política monetária do Banco Central Europeu, amanhã.

Na Ásia, mercados fecharam com forte queda. O índice MSCI Asia Pacific apurou perda de 1,4%, no dia de hoje. Queda das ações em Nova York, fortalecimento da moeda japonesa e queda das ações do setor financeiro e de exportadores levaram o índice Nikkei, da bolsa de Tókio, a contabilizar perda de 2,93% no pregão de hoje. A moeda americana é negociada a 101,54 ienes nesta manhã, com ligeira desvalorização ante a cotação do final do dia de ontem (101,78 ienes). Na China, onde o PMI/HSBC de serviços mostrou expansão moderada em abril, a bolsa de Xangai encerrou o dia com queda de 1,0%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,05%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 100,38/barril, com alta de 0,88%, no momento. Demais commodities registram comportamentos diversos: agrícolas – 0,12%; metálicas -0,46%, metais preciosos +0,22% e energia +0,24%.

A Bovespa deve continuar se movimentando em cima de especulações sobre pesquisas eleitorais que deverão ser divulgadas até o final desta semana. Ao mesmo tempo acompanhará importantes balanços como Ambev e Banco do Brasil. O ambiente de baixos juros internacionais favorece operações de carry trade, mantendo tendência de apreciação do real. A diminuição no ritmo de intervenções o BC no mercado de câmbio através dos leilões de swap visa fazer a sintonia de fina: impedir uma apreciação indesejada, mas também impedir uma desvalorização mais acentuada, neste momento em que ainda persistem fortes pressões inflacionárias. No mercado de juros, atenção para divulgação da produção industrial de março (9hs), que deve recuar 2,4% na comparação mensal e 3,0% se comparada a igual mês do ano passado. Atividade mais fraca pode reforçar apostas em encerramento do ciclo de aperto monetário com a Selic em 11%.