Hoje na Economia 29/08/2013

Hoje na Economia 29/08/2013

Edição 861

29/08/2013

A calma retorna aos mercados á medida que cresce a percepção de uma intervenção militar temporária na Síria, com impactos limitados sobre a economia mundial. A política monetária americana volta ao centro do palco, com os investidores se concentrando no momento em que o Fed começará o processo de diminuição dos estímulos monetários.

Nesse sentido, o foco hoje estará nos discursos de dois membros do Fed (James Bullard as 9h50 e Jeffrey Lacker as 15h), bem como na divulgação da revisão do PIB americano do 2T13 (consenso:+2,2% contra +1,7% da primeira estimativa). Atenção também para os dados sobre o mercado de trabalho, que devem mostrar que os pedidos de seguro desemprego somaram 332 mil na semana passada, 4 mil a menos do que na semana anterior. Esses eventos podem levar o juro da T-Bond de 10 anos de 2,778% desta manhã, de volta para níveis acima de 2,80% ao ano. A perspectiva de dados, que corroborem as chances de o "tapering" começar no próximo mês, fortalece o dólar no dia de hoje (dólar index: +0,52%). Os índices futuros do S&P e D&J operam em alta, no momento: +0,09% e +0,11%, respectivamente.

Na Europa, mercados também mostram reação, com o índice pan-europeu de ações ganhando 0,35% nesta manhã, após três dias de quedas consecutivas. Em Londres, bolsa local sobe 0,43%, com a mesma tendência sendo observada em Paris (+0,11%) e Frankfurt (+0,16%). O euro é negociado a US$ 1,3247, com queda de 0,70% no momento.

A amenização dos temores sobre uma intervenção militar na Síria contribuiu para uma recuperação das bolsas asiáticas. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com ganho de 0,6%. O índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong avançou 0,84%, enquanto a bolsa de Xangai fechou com perda de 0,19%, devido a forte venda de papeis ligados a empresas que operam com metais. Em Tókio, o índice Nikkei encerrou o pregão com alta de 0,91% favorecido por um dólar mais forte e pela amenização das preocupações com a Síria, o que estimulou os negócios com papeis de grandes empresas exportadoras. A moeda japonesa é negociada a 98,14 ienes por dólar, contra 97,65 ienes no final da tarde de ontem.

Com redução dos riscos de uma intervenção armada em larga escala, petróleo devolve parte dos ganhos recentes. O produto tipo WTI é negociado a US$ 109,12/barril, com queda de 0,90% no momento. O índice total de commodities recua 0,42%, enquanto metais perdem 0,53% e agrícolas -0,11%.

Os eventos nos EUA – discursos dos membros do Fed e divulgação do PIB do 2T13 – serão importantes na definição da tendência para a Bovespa no dia de hoje, quando se espera volte a recuperar os 50 mil pontos. No mercado de juros, a decisão do Copom de elevar a Selic para 9,0% e a divulgação de um comunicado sem alterações em relação aos anteriores reforçam expectativas de nova alta de 0,50pp na reunião de outubro. Já precificados pelo mercado, esses eventos não devem provocar alterações significativas nos vértices mais curtos da curva de juros futuros.

Superintendência de Economia
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