Hoje na Economia 20/06/2013

Hoje na Economia 20/06/2013

Edição 812

20/06/2013

Mercados em geral operam em forte baixa, nesta manhã. A aversão ao risco é resultante das preocupações com as chances de o Fed iniciar a redução dos estímulos monetários ainda neste ano, conjugadas ao inusitado agravamento do aperto de liquidez de curto prazo na China, em dia de indicadores que reforçaram o quadro de desaquecimento da economia chinesa.

Na Europa, os indicadores preliminares sobre atividade industrial (PMI) de junho mostraram um quadro de estabilização da atividade econômica, que, no entanto, não impedirá que a região registre a sétima contração do PIB consecutiva, no segundo trimestre deste ano. Neste momento, o índice STOXX600 de ações registra perda de 2,12%, enquanto Londres cai 2,29%, Paris -2,40% e Frankfurt -2,46%. Na esteira da valorização do dólar (dólar index: +0,70%), o euro recua para US$ 1,3198 (-0,75%), contra US$ 1,3296 de ontem à tarde.

As treasuries americanas recuaram significativamente (PU), com o juro pago pelo papel de 10 anos subindo para 2,446%. Os futuros das principais bolsas americanas operam em queda, acompanhando a percepção de redução da liquidez promovida pelo Fed que sustentou a forte alta dos ativos de risco nos últimos anos. Os futuros dos índices S&P e D&J registram quedas de 0,90% e 0,76%, respectivamente, no momento.

Na Ásia, as preocupações com o enfraquecimento da economia chinesa e a possível redução do programa de compra de ativos pelo Fed derrubaram os mercados locais. O índice MSCI Asia Pacific terminou o dia com queda de 4,2%. A bolsa de Xangai caiu 2,76% e Hong Kong perdeu 2,88%. O indicador preliminar da atividade industrial (PMI) chinesa em junho, divulgado pelo HSBC, ficou em 48,3 (49,2 em maio), recuando pelo nono mês consecutivo. Assustou também os investidores, o forte aperto de liquidez no mercado monetário chinês, levando a taxa de curtíssimo prazo para patamares em torno de 10% ao ano. Em Tókio, o índice Nikkei encerrou o pregão com perda de 2,74%, apesar do enfraquecimento do iene. A redução da liquidez sinalizada pelo Fed também, neste caso, assustou os investidores. O iene subiu para ¥ 97,92/US$, contra ¥ 96,47/US$ no final da tarde de ontem.

Petróleo tipo WTI também recua nesta manhã (-2,14%), sendo cotado a US$ 96,14/barril, enquanto as demais commodities operam do vermelho: índice total: -1,95%. Metais: -2,15% e agrícolas: -1,25%.

Expectativa de redução da liquidez proporcionada pela política monetária do Fed e enfraquecimento progressivo da economia chinesa aprofundam os temores de que a crise nos países emergentes deve se agravar. Em consequência, são remotas as possibilidades de uma recuperação da Bovespa diante do cenário atual. Da mesma forma, a taxa de câmbio deverá se manter pressionada, com o dólar podendo buscar patamares superiores ao fechamento de ontem (R$ 2,2247/US$). A curva de juros futuros deve se manter pressionada, por conta da alta dos juros no mercado de renda fixa americano. O Tesouro poderá efetuar recompras extraordinárias de títulos, à semelhança do ocorrido ontem à tarde, para impedir exageros nas cotações.

Superintendência de Economia
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