Hoje na Economia 02/04/2013

Edição 757

02/04/2013

A atividade econômica europeia continua se contraindo e o desemprego atinge níveis recordes, segundo o conjunto de indicadores divulgados nesta manhã. O euro sofreu ligeiro recuo após a divulgação dos dados, sendo negociado a US$ 1,2838 no momento, contra US$ 1,2850 no final da tarde de ontem. Os mercados acionários, após quatro dias fechados, reabrem em forte alta. O índice STOXX600 registra ganho de 0,94% nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 opera com valorização de 1,0%, enquanto o CAC40 frances e o DAX30 alemão apresentam altas de 1,14% e 1,23%, respectivamente.

Os futuros das principais bolsas americanas acompanham o bom desempenho de suas congêneres da Europa. No momento, o S&P e D&J apuram valorizações de 0,48% e 0,43%, respectivamente. Na agenda destaque para os discursos dos presidentes dos Feds regionais de Mineápolis e Atlanta, que devem continuar defendendo a manutenção dos estímulos monetários a fim de sustentar a confiança de empresários e consumidores, neste momento de maior aperto fiscal. O dólar mostra-se estável frente às principais moedas, enquanto o T-Bond de 10 anos paga juro de 1,845% ao ano.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific recuou 0,1%, refletindo a queda de 1,08% registrada pelo índice Nikkei em Tókio. O recuo do mercado acionário japonês deveu-se ao fortalecimento do iene, derrubando os papéis de empresas de tecnologia. Por outro lado, declarações do presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, ajudaram a puxar para cima papéis de empresas do setor financeiro e imobiliário. Na China, a bolsa de Xangai perdeu 0,30% no pregão de hoje, enquanto em Hong Kong o mercado acionário local fechou com ganho de 0,31%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 97,12/barril, permanecendo estável, com investidores preferindo aguardar o relatório sobre os estoques americanos do produto, que, segundo rumores, deverá mostrar elevação no volume de petróleo estocado. Demais commodities operam em queda, nesta manhã.

Neste dia, de menor aversão ao risco, com a maioria dos mercados acionários internacionais operando em alta, a Bovespa poderá ser contaminada por esse clima mais otimista e recuperar parte das perdas recentes. No mercado de câmbio, o valor do dólar tem ficado acima de R$ 2,00 por sete dias consecutivos. Com o provável recuo do dólar no exterior hoje, é possível que a moeda nacional opere em alta frente a divisa americana. Na renda fixa, o tom será dado pelos indicadores de produção industrial de fevereiro, que serão divulgados nesta manhã. O consenso do mercado estima queda de 2,0% ante janeiro (+2,5%), mantendo a trajetória errática dos meses recentes. Atenção também para o depoimento que Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, dará à Comissão Econômica do Senado, onde se espera que reforce o empenho da instituição na busca da meta inflacionária.

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