Hoje na Economia 13/12/2012

Hoje na Economia 13/12/2012


Edição 689

13/12/2012

Os efeitos positivos decorrentes dos estímulos anunciados pelo Fed (injeção mensal adicional de US$ 45 bilhões), ao final da reunião do Fomc de ontem, tiveram vida curta. Os poucos avanços nas negociações sobre o fiscal cliff americano acentuaram as palavras de Ben Bernanke, de que os estímulos monetários não têm força para contrabalançar os efeitos negativos decorrentes do
ajuste fiscal programado para iniciar no início do próximo mês.

O dólar manteve sua trajetória de queda frente às principais moedas, por conta da injeção de liquidez adicional prometida pelo Fed. Em relação ao euro, a cotação chegou a superar US$ 1,31/€, voltando para patamares mais baixos (US$ 1,3054/€ no momento), após os sinais de pouco progresso nas negociações em torno do ajuste fiscal nos EUA. O juro pago pela treasury de 10 anos que chegou a atingir 1,72% ontem à tarde, recuou para 1,68% com a maior procura por porto seguro. Nesta manhã, os futuros das bolsas americanas S&P e D&J mostram-se sem direcional definido, oscilando em torno da estabilidade. Na agenda, serão divulgadas as vendas ao varejo de novembro, que devem ter aumentado 0,5% ante ao mês anterior, segundo o consenso do mercado.

Na Europa, as preocupações concentram-se nas conversações políticas sobre o fiscal cliff que não dão sinais de avanço, levando os investidores a evitar posições de risco. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 recua 0,22%, neste momento. Em Londres, Paris e Frankfurt os mercados acionários locais registram quedas de 0,16%, 0,14% e 0,42%, respectivamente.

Na Ásia, o MSCI Asia Pacific Index fechou com alta de 0,3%, refletindo a boa performance da bolsa japonesa. O índice Nikkei subiu 1,68%, com a queda do iene que atingiu o seu mais baixo patamar em dois anos. Esse movimento refletiu a expectativa de vitória do Partido Liberal Democrático nas eleições do próximo domingo. O PLD é favorável à intensificação das medidas de estímulo monetário por parte do banco central japonês. O iene é negociado a ¥ 83,35/US$ e ¥108,92/€, nesta manhã. Na China, a bolsa de Xangai encerrou com queda de 1,02%, com os investidores desanimados com as chances de uma recuperação vigorosa da segunda maior economia do mundo. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou perda de 0,26%.

Os temores de que os políticos americanos não conseguirão evitar o impacto negativo do fiscal cliff, reduziu o impacto positivo sobre o mercado de commodities da disposição do Fed em ampliar os estímulos monetários. O petróleo tipo WTI, após a alta que se seguiu o final da reunião do Fomc, cedeu terreno, sendo cotado a US$ 86,33/barril (-0,50%), nesta manhã. O índice de commodities total recua 0,45%, com metais perdendo 0,63% e agrícolas 0,30%.

O Ibovespa deve ser influenciado pelo cenário externo, com as negociações em torno do ajuste fiscal americano situando-se no topo das preocupações dos investidores. No mercado de câmbio, o valor do dólar deve se manter flutuando em torno de R$ 2,07/US$. No mercado de juros, atenção para os dados sobre as vendas do comércio em outubro, que devem ter aumentado 0,7% na comparação mensal, segundo a mediana das projeções do mercado. O impacto sobre a curva de juros a termo deverá ser limitado, após o BC ter confirmado a estabilidade da Selic por longo período de tempo.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
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