PIB – 1º Trimestre 2019

PIB – 1º Trimestre 2019

PIB – 1º Trimeste/2019

O PIB (produto interno bruto) brasileiro teve queda de -0,2% T/T no 1º trimestre de 2019, em linha com a mediana de expectativas do mercado (-0,2%) e um pouco mais negativo que a projeção da SulAmérica Investimentos (-0,1%). Em relação ao mesmo período do ano anterior houve alta de +0,5% A/A, a menor nesse tipo de comparação desde o começo de 2017. A variação em 4 trimestres também recuou, de 1,1% em 2018 para 0,9%.

Do lado da oferta, a agropecuária e a indústria tiveram quedas, de -0,5% T/T e -0,6% T/T, respectivamente. Houve recuo em especial na extração mineral (-6,3% T/T), com o desastre de Brumadinho, fechamento de diversas minas e menor produção de petróleo. Ainda assim, outros setores da indústria mostraram queda, como indústria de transformação (-0,5% T/T após -0,9% T/T do trimestre anterior) e serviços de utilidade pública (-2,0% T/T). O setor de serviços, por sua vez, teve crescimento de 0,15% T/T, desacelerando em relação aos trimestres anteriores (+0,24% T/T no final do ano passado) e com a menor taxa de crescimento desde o início da recuperação no começo de 2017.

A demanda interna teve crescimento quase nulo no 1º trimestre (+0,03% T/T), com o avanço do consumo das famílias (+0,3%) e do governo (+0,5%) compensando a queda dos investimentos (-1,7%). Houve contribuição negativa de -0,33 pp da demanda externa, com queda nas exportações e alta nas importações. Por outro lado, houve contribuição positiva da variação dos estoques, de +0,14 pp.

Os investimentos seguem sendo o destaque negativo, recuando em três dos últimos quatro trimestres e tendo variação A/A de +0,9% (contra +7,8% A/A no 3º trimestre de 2018, por exemplo). A incerteza política, que não diminuiu após as eleições, junto com a piora das condições financeiras no ano passado, pode explicar essa piora dos investimentos.

A expectativa da SulAmérica Investimentos é de que o PIB tenha crescimento pequeno no 2º trimestre, de +0,3% T/T, em linha com a média do visto até agora na recuperação (desde o começo de 2017). Crescimento mais robusto da atividade deve ocorrer apenas após a aprovação de parte das reformas estruturais, como a da Previdência, devendo ficar para o segundo semestre. Para 2019, a expectativa da SulAmérica Investimentos para o PIB se reduziu para 1,0%, com viés de baixa.

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