A taxa de desemprego caiu em janeiro, em termos dessazonalizados, devido a um pequeno aumento do pessoal ocupado (0,2% M/M) acompanhado de uma queda nas pessoas economicamente ativas (-0,1% M/M). Em termos A/A, o pessoal ocupado ainda mostra contração em janeiro (-0,1% A/A), mas menos intensa que nos meses anteriores (-0,5% A/A em dezembro).

A menor ociosidade no mercado de trabalho segue tendo efeitos sobre a renda dos trabalhadores. O rendimento médio habitualmente recebido seguiu subindo 9,0% A/A em termos nominais em janeiro, sendo que em termos reais a sua alta acelerou para 3,6% A/A.

A taxa de desemprego segue em patamares baixos, mesmo com pouca criação de postos de trabalho. Isso ocorre devido à queda na oferta de trabalho, que está acontecendo nesse momento devido a diversos fatores (demografia, maior porcentagem de jovens estudando ao invés de trabalhando, etc). Considerando-se a desaceleração que é projetada para ocorrer nesse ano e no próximo (crescimento de PIB de 1,4% em 2014), é esperado que a taxa de desemprego suba em algum momento do futuro. A queda na oferta de trabalho, no entanto, deve adiar esse momento e deve fazer com que, mesmo com um cenário de desaceleração do PIB, o mercado de trabalho mostre pouca ociosidade e siga exercendo pressões inflacionárias sobre os preços de serviços.