Classificação de risco – Brasil.

Classificação de risco – Brasil.

Classificação de risco – Brasil

No final de março, a agência de classificação de risco S&P (Standard &Poor’s) reduziu a nota de avaliação de risco do Brasil de BBB para BBB-.

Mesmo com essa redução, a nota do país continua com o chamado investmentgrade (grau de investimento),classificação que o país recebeu em 2008 (BBB-) doze anos atrás. Em 2011, houve nova elevação da nota do país para BBB e agora em 2014 cai para BBB-.

Relembrando, o risco Brasil é um conceito que busca expressar de forma objetiva o risco de crédito a que investidores estão submetidos quando investem no país. O rating é a nota atribuída a um país de acordo com a avaliação da capacidade e a disposição para que esse país honre integralmente o serviço de sua divida. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores opinião independente a respeito do risco de crédito.

O rebaixamento não foi uma surpresa para o mercado. Os investidores já esperavam que isso ocorresse em algum momento, o que de certa forma já vinha sendo embutido nos preços dos ativos brasileiros.

A mudança na nota mostra certa desconfiança de que o governo não conseguirá cumprir o que tem prometido na área fiscal e principalmente as políticas na área econômica. O lado positivo do rebaixamento é que a perspectiva para a nota do país passou de "negativa" para "neutra" – ou seja, o país tem tempo para fazer os ajustes de que precisa.

Uma crítica feita às agencias de risco é que não conseguiram prever a crise de 2008 do subprime, atribuindo nota máxima para empresas que tiveram grandes perdas com a crise. Outra crítica muito comum é afirmar que as agências sempre estão atrasadas com a nota de classificação – no caso desta semana, os indicadores do país já mostravam pontos negativos, como um baixo crescimento, inflação alta e taxa de cambio (dólar) alto.

Quando ocorrem notícias desse porte, é comum um aumento da volatilidade no mercado e investidores passam a ajustar suas posições com maior ou menor aversão ao risco. Por isso a importância de compor um portfólio bem diversificado e traçar cenários para seus investimentos.

Redator: Fábio Traldi

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