Além das Previsões de Final de Ano

Além das Previsões de Final de Ano

Além das Previsões de Final de Ano

Nesta época do ano, todas as casas de pesquisas econômicas e de investimentos, assim como as revistas especializadas, soltam suas projeções para o ano seguinte, no entanto, o que podemos observar é que a “bola de cristal” anda um tanto quanto opaca nesta época de incertezas.

Muito mais do que se ater ao número em si, é importante levar em consideração a tendência das projeções e a análise racional por trás delas. Por exemplo, em 2012 nenhuma projeção (com exceção daquela feita pela nossa presidente, Dilma Rousseff) previu que as taxas de juros no final do ano atingiriam o patamar de 7,25%. Não obstante, diversos gestores souberam aproveitar muito bem esta queda de taxa ao longo do ano, gerando um dos melhores anos em termos de retorno para os fundos multimercados macro, aqueles que ganham dinheiro com as apostas das tendências macroeconômicas.

Comentários à parte, o que realmente está difícil do governo acertar é o desempenho do crescimento econômico do Brasil. Neste caso especifico, os analistas são unanimes em dizer que além do fato de estimular a demanda, é imprescindível viabilizar cada vez mais o investimento.

Voltando ao desafio dos gestores para o ano de 2013, este será muito maior que no ano que termina. Eles terão que ser mais ágeis para conseguir gerar alpha, resultados positivos acima do benchmark, depois de descontado os custos. Como diria Keynes, “Quando os fatos mudam, eu mudo de opinião, what do you do sir?”. Quando as variáveis são tantas, pouco controláveis e num mundo cada vez mais globalizado, já é bem difícil acertar a tendência, o que diria acertar a intensidade.

Fonte: Businessweek

Final do ciclo de queda de taxa de juros, inflação em patamares desconfortante, mas com um Banco Central reticente em subir os juros; parte da bolsa de valores já bem precificada, principalmente aquela ligada ao setor de consumo doméstico e uma parte depreciada, mas com motivo para isto, seja pela intervenção do governo, seja pelo preço das commodities; economia americana em fase de melhora, mas com incertezas e decisões importantes do ponto de vista político; Europa ainda indefinida, apesar de ativos bem descontados em alguns países. Realmente 2013 será um ano mais difícil, mas será também um momento para manter-se com os gestores mais consistentes e experientes para se adaptar a momentos incertos.

Redator: Leopoldo Barreto

Topo