Hoje na Economia – 18/07/2019

Hoje na Economia – 18/07/2019

Edição 2298

18/07/2019

Mais um dia de aversão ao risco prevalece nos mercados. Principais bolsas do mundo operam no vermelho. Investidores permanecem na defensiva diante de fracos resultados corporativos divulgados em meio às expectativas pessimistas devido às tensões comerciais prejudicando o crescimento global.

Na Ásia, os mercados acionários encerraram o pregão desta quinta-feira em baixa diante do impasse nas negociações comerciais entre EUA e China, em meio a questões envolvendo a gigante de telecomunicações chinesa Huawei Technologies. Enquanto permanecer o problema criado com as restrições impostas à Huawei, dificilmente Pequim se comprometerá com nova rodada de negociações com Washington. O impasse entre as duas potências vem afetando negativamente o desempenho da economia mundial, levando os investidores a projetar cenários pessimistas apesar das políticas flexíveis adotadas pelos principais bancos centrais.

Na China, o índice Xangai Composto recuou 1,04% no pregão de hoje. Em Hong Kong, o Hang Seng apurou queda de 0,46%. Na Coreia do Sul, o banco central cortou a taxa básica de juros para 1,5% pela primeira vez em três anos, buscando defender a economia dos efeitos negativos de um ambiente externo adverso. O índice Kospi teve baixa de 0,31%, na bolsa de Seul. No Japão, as exportações caíram pelo sétimo mês consecutivo em junho à medida que os embarques de ferramentas na fabricação de chips para China caíram drasticamente. O índice Nikkei fechou o dia com queda de 1,97%.

Na Europa, bolsas abrem no vermelho refletindo resultados corporativos decepcionantes, abrangendo desde empresas de tecnologia (SAP da Alemanha), como empresas de alta moda (Boohoo Group inglesa e a suíça Richemont). O índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra queda de 0,39%, nesta manhã. Principais bolsas da região também operam em baixa: Londres -0,53%; Paris -0,54%; Frankfurt -0,90%. O euro é negociado a US$ 1,1231, subindo em relação à cotação de US$ 1,1228 de ontem à tarde.

No mercado americano, a expectativa é de mais um dia de recuo dos principais índices de ações, de acordo com o comportamento dos índices futuros de ações da bolsa de Nova York, nesta manhã. Reflexo dos fracos balanços (Netflix; IBM; Alcoa) divulgados ontem após o pregão. O índice futuro do Dow Jones registra queda de 0,18%, no momento; do S&P 500 perde 0,12%; Nasdaq recua 0,26%. O dólar recua diante da cesta de moedas representada pelo índice DXY, que se situa em 97,12, com queda de 0,11%, no momento. No entanto, o impasse nas negociações comerciais entre EUA e China dá suporte a divisa americana diante das moedas emergentes, prejudicadas pela busca de ativos considerados seguros. No mercado de renda fixa, o yield da Treasury de 10 anos encontra-se em 2,05%, com alta de 0,25%.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI, para entrega em agosto, é negociado a US$ 57,18/barril, com alta de 0,70%, nesta manhã.

A Bovespa deve acompanhar a tendência ditada pela bolsa de Nova York para definir uma tendência para o pregão de hoje, neste dia de fraca agenda, onde o único ponto de interesse será o anúncio oficial da liberação dos recursos do FGTS para estimular o consumo. Em dia de maior aversão ao risco, dólar e juros futuros devem operar pressionados, seguindo a tendência externa.

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