Hoje na Economia – 30/08/2019

Hoje na Economia – 30/08/2019

30/08/2019

Edição 2329

Mercados operam em alta firme, nesta sexta-feira, sustentados por esperanças de que os EUA e China voltem a negociar, aparem suas divergências e encerrem a disputa comercial. Ontem, o governo chinês adotou um tom mais conciliatório e indicou que não pretende ampliar a rixa comercial com Washington, pedindo diálogo e colaboração para resolver a disputa comercial de forma “calma”.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam majoritariamente em alta. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou ganho de 1,2% no pregão de hoje. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,19%, impulsionado por ações do setor eletrônico e de corretoras. Em Seul, o banco central local decidiu manter sua taxa básica de juros em 1,5% após o corte efetuado no mês passado, o primeiro em três anos. A sinalização é de que poderá promover novo corte ainda neste ano. No mercado de ações, em Seul, o índice Kospi fechou em alta de 1,78%. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,16%, enquanto o Hang Seng teve alta marginal de 0,08% em Hong Kong. No mercado de moeda, o dólar é cotado a 106,41 ienes, recuando ante o valor de 106,51 ienes de ontem à tarde.

A expectativa de que os EUA e China voltem à mesa de negociações e cheguem a um acordo que encerre a disputa comercial impulsiona os mercados de ações da Europa. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com valorização de 0,80%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,42%; em Paris, o CAC40 avança 0,88%; o DAX tem alta de 1,04% em Frankfurt. O euro, por sua vez, se enfraqueceu após a divulgação da inflação ao consumidor, que subiu 1,0% em agosto na comparação anual, mantendo-se teimosamente abaixo da meta de 2,0% perseguida pelo Banco Central Europeu. No momento, a moeda comum é negociada a US$ 1,1041 de US$ 1,1059 de ontem à tarde.

Os contratos futuros dos três principais índices de ações de Nova York apontam para um início de negócios positivo no pregão de hoje. No momento, o índice futuro do Dow Jones registra alta de 0,66%; do S&P 500 tem ganho de 0,63%; Nasdaq sobe 0,73%. Em dia de menor aversão ao risco, os preços das Treasuries recuam, colocando o yield de 10 anos acima de 1,5% ao ano. Nesta manhã, o juro pago pelo T-Note de 10 anos encontra-se em 1,5281% ao ano, subindo 2,25%. O índice DXY, que segue o valor do dólar ante a uma cesta de moedas consideradas fortes, encontra-se em 98,56 pontos, sem grandes oscilações em relação a esse patamar. Será divulgada a inflação medida pelo deflator dos gastos pessoais (PCE), que em julho deve ter subido 1,4% na comparação anual, segundo o consenso do mercado.

No mercado de petróleo, os contratos futuros operam em baixa, nesta manhã, num possível movimento de realização de lucros após as altas observadas nos últimos dias. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em outubro, é negociado a US$ 56,17/barril, com queda de 0,95%.

O mercado de ações doméstico deve se beneficiar do bom humor que predomina nas principais praças internacionais, após a sinalização da China favorável a um entendimento rápido com os EUA, encerrando a guerra comercial, Ademais, favorece também a Bovespa a melhora do ambiente econômico após a divulgação do PIB do 2º trimestre, mostrando um desempenho da economia brasileira acima do previsto. Na agenda, o IBGE divulga a taxa de desemprego de julho, captada pela pesquisa PNAD Contínua, que deve ficar em 11,9% (12,0% em junho).

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