Mercado de Crédito Privado: o que fazer agora?

Mercado de Crédito Privado: o que fazer agora?

A indústria de crédito privado teve um desenvolvimento considerável nos últimos anos com o aumento de plataformas de investimentos, busca por diversificação e queda da SELIC, passando a ser uma classe importante na composição das carteiras. Com isso, vimos um aumento expressivo no patrimônio dos fundos de crédito privado.

Porém, a crise afetou praticamente todos os mercados (vide gráfico abaixo), batendo níveis muito baixos. Alguns ativos já vem apresentando sinais de recuperação, enquanto o mercado de crédito ainda está “remando” (IDA- DI) .

A corrida por liquidez impulsionou os resgates desses fundos, desencadeado uma grande distorção dos preços atuais.

Para se ter uma ideia, os resgates dos fundos já somam mais de R$ 54 Bi em 2020. Resultado: muitos gestores estão vendendo papéis de alta qualidade por preços abaixo dos patamares que se era praticado.

Como efeito, ocorre um aumento no volume do mercado secundário para fazer frente à forte “onda” de resgates, atraindo também novos investidores. Desta forma, ativos que antes da crise eram negociados a uma taxa de CDI + 0,90 a.a., atualmente podem ser comprados por CDI+4%.

É uma mudança muito significativa, principalmente se levarmos em consideração que a qualidade deste ativo é a mesma (ex. classificação AAA).

Perceba no gráfico acima como o volume do mercado secundário praticamente dobrou de fevereiro para março e manteve aumento em abril.

 

Medidas do Banco Central para aumentar a liquidez

Com o objetivo de gerar mais liquidez no mercado, o BC anunciou um conjunto de medidas que podem chegar liberação de até R$ 1,21 tri na economia. Dentre elas:

  • Nova liberação de compulsório dos bancos de R$ 68 bi (redução de 25% para 17% da alíquota);
  • Novas regras para emissão de DPGE, buscando aumentar a liquidez dos bancos médios;
  • Aumento do limite de recompra de Letra Financeira de 5% para 20% do estoque dos bancos (potencial adicional de R$ 30 bi);
  • Compromissada com lastro em debêntures, linha de empréstimo do BC visando estimular o mercado secundário. O potencial dessa medida pode chegar até R$ 91 bi;
  • Letras financeiras garantidas, medida que pode injetar até R$ 650 bi;
  • Compra de papéis privados no mercado secundário pelo BC (medida ainda não aprovada).

Perspectivas da SulAmérica Investimentos

A forte abertura das taxas provocou um retorno negativo nos fundos de crédito, mas entendemos que em um cenário de médio prazo, o nível de rentabilidade será muito maior, considerando a estabilidade dos preços.

Ao nosso ver, a crise que estamos vivendo tem sua importância, mas não enxergamos um risco de calote nos ativos atualmente e caso essas empresas necessitem de mais recursos, poderão usar linhas de crédito dos bancos ou até mesmo emitirem novas dívidas para atravessar este momento.

Outro ponto importante é que em as medidas implementadas pelo Banco Central para injetar liquidez no mercado, já começam a demonstrar efeitos positivos nos preços dos ativos. A atuação do BC é de extrema importância e deve reequacionar os níveis de preços dos ativos.

Somando todos esses pontos, vale reforçar que a SulAmérica Investimentos tem ativos de alta qualidade em carteira, controle de risco e gestão diligente.

O que fazer agora: resgatar ou investir mais?

a nossa opinião, ao resgatar de fundos de crédito neste momento, você estará realizando prejuízo. Caso seja necessário buscar liquidez na sua carteira, o ideal é buscar em ativos que no momento não gerem prejuízos, como fundos DI, por exemplo.

Vale dizer que os investidores que entrarem nesses fundos por este período, irão se beneficiar de um momento de mercado diferenciado, pois os fundos apresentam um “carrego” maior, ou seja, a possibilidade de retorno será maior considerando que os ativos de melhor qualidade deverão ser os mais beneficiados.

Lembrando que todas as alocações devem ser feitas de acordo com o seu perfil de investidor, horizonte de investimento e apetite para risco.

 

Confira o WebCast sobre Crédito Privado da SulAmérica Investimentos e acesse nossa página no LinkedIn.

   

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