Hoje na Economia – 13/05/2020

Hoje na Economia – 13/05/2020

A cautela pauta os negócios nesta quarta-feira. Investidores monitoram notícias de que alguns países enfrentam uma segunda onda de casos de coronavírus à medida que começam a remover as medidas de isolamento.

Na Ásia, mercados fecharam sem direcional claro, afetados não só pelas especulações acerca de uma segunda onda de coronavírus em alguns países da região, como também influenciados pelas quedas ocorridas em Wall Street ontem. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou com alta moderada de 0,2%, nesta quarta-feira. Na China, o dia foi de ganhos modestos. O índice Xangai Composto se valorizou 0,22%. No Japão, o índice Nikkei teve perda de 0,49% em Tóquio, pressionado por ações de siderúrgicas e montadoras. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,27%, enquanto o sul-coreano Kospi se valorizou 0,95% em Seul. Em Taiwan, o Taiex fechou o dia com alta de 0,54%. O dólar é cotado a 107,05 ienes nesta manhã, contra 107,19 ienes no final da tarde de ontem.

Há também grande expectativa em torno do pronunciamento que o presidente do Fed, Jerome Powell, fará hoje às 10h de Brasília. Investidores têm especulado que o banco central americano poderá praticar juros negativos como parte de sua estratégia para combater os efeitos da pandemia de coronavírus. Atualmente, o Fed mantém a taxa básica de juro na faixa de 0% a 0,25%. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana em relação a outras seis moedas fortes, opera com alta discreta de 0,09%, no momento, situando-se me 100,0 pontos. O juro pago pelo T-Note de 10 anos encontra-se em 0,659%, com recuo de 2,40%. No mercado futuro, os principais índices de ações da bolsa de Nova York operam em alta, sinalizando para uma abertura positiva em Wall Street. O futuro do Dow Jones sobe 0,37%; S&P 500 avança 0,29%; Nasdaq tem ganho de 0,46%.

Na Europa, as bolsas locais mostram quedas significativas, nesta manhã. Ações de turismo e serviços em geral sofrem ante a expectativa de uma segunda onda de disseminação da epidemia de coronavírus no momento em que vários países começam a sair do isolamento social. O índice STOXX600 registra queda de 1,36%. Em Londres, o FTSE 100 recua 1,23%; o CAC40 cai 1,90% em Paris; em Frankfurt o DAX opera com baixa de 1,60%. O euro é cotado a US$ 1,0852, ante US$ 1,0847 de ontem à tarde.

Os preços das commodities operam em sua maioria em queda pela manhã, com o índice geral da Bloomberg recuando 0,54%. Contratos futuros de petróleo operam em alta, com o barril tipo WTI cotado a US$ 25,66, se valorizando 0,47%, no momento.

No mercado doméstico, o IBGE divulga as vendas no varejo de março. No conceito restrito, o índice deverá mostrar queda de 5,5% m/m e recuo de 3,9% na comparação com igual mês de 2019, segundo as projeções do mercado. No conceito ampliado – incluindo vendas de autos e materiais de construção – as vendas devem ter recuado 14,5% na comparação mensal e 7,4% na métrica anual. Os investidores também acompanharão os desdobramentos sobre o inquérito que investiga as acusações de Sérgio Moro contra o presidente Bolsonaro. Outro fator de atenção está na possibilidade de o presidente Bolsonaro vetar o reajuste do salário de servidores, prometido pelo ministro Paulo Guedes no projeto de auxílio a Estados e Municípios. Esse quadro deve manter a taxa de câmbio pressionada, enquanto a Bovespa deve abrir em alta moderada seguindo a tendência externa, mas de olho no ambiente político doméstico.

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