Hoje na Economia – 16/06/2020

Hoje na Economia – 16/06/2020

Aversão ao risco diminui nos mercados financeiros hoje, com maior otimismo em relação a estímulos governamentais (fiscais e monetários) ao redor do mundo sustentando os preços de ativos. Ontem o Federal Reserve detalhou que deve acelerar sua compra de títulos corporativos (até agora tinha adquirido apenas US$ 5,5 bi dos US$ 250 bi autorizados), e hoje há rumores de que o presidente dos EUA, Donald Trump, deve detalhar seu plano de gastos em infraestrutura, equivalente a US$ 1 tri. Os Democratas no Congresso já anunciaram seu próprio plano, de US$ 500 bi.

Houve forte alta nas bolsas asiáticas, reagindo às notícias de estímulos. O índice MSCI Asia Pacific subiu 3,2%, com avanços de 4,88% no índice Nikkei225 do Japão, 5,28% no KOSPI da Coréia do Sul e 1,44% na bolsa de Xangai. O iene está se desvalorizando levemente contra o dólar, -0,04%, cotado a ¥/US$ 107,37. O Banco do Japão (BOJ) também anunciou aumento de estímulos, ao elevar o programa de empréstimos para empresas de ¥ 75 tri para ¥ 110 tri na reunião de hoje.

Na Europa as bolsas também operam com ganhos expressivos. Há altas de 2,59% no índice pan-europeu STOXX600, 2,40% no FTSE100 de Londres, 2,58% no CAC40 de Paris e 3,14% no DAX de Frankfurt. O euro está praticamente estável diante do dólar, se valorizando 0,02%, cotado a US$/€ 1,1325. O índice de expectativas ZEW veio acima do esperado na Alemanha (63,4 contra 60,0) e subiu em relação ao mês anterior na Zona do Euro (de 46,0 para 58,6). O índice de situação atual segue bastante negativo na Alemanha, no entanto (-83,1 contra expectativa de -82,0).

Os índices futuros dos EUA sobem no mento, com o futuro do S&P500 ganhando 0,91%, mesmo após já ter subido 0,83% ontem. O dólar está perdendo valor diante das outras moedas, com essa menor aversão ao risco, com o índice DXY recuando -0,10%. Os juros futuros, por sua vez, sobem ligeiramente agora, com o yield da Treasury de 10 anos subindo 2 p.b., para 0,74% a.a.. Hoje sairão os dados de vendas no varejo e produção industrial de maio, com expectativa de crescimento após as fortes quedas dos meses anteriores.

Os preços de commodities se valorizam hoje, com o índice geral da Bloomberg subindo 0,87%. Há alta em especial no preço do petróleo, com o barril tipo WTI sendo negociado a US$ 37,64, uma alta de 1,40%. Dentre as principais commodities há queda apenas em cobre (-1,33%), com altas de 1,34% no níquel e 0,31% na soja.

No Brasil, hoje sairão diversos dados. A inflação deve subir em relação à divulgação anterior no caso do IGP-10 (1,48% contra 0,07%) e no IPC-S (-0,24% contra -0,36%). As vendas no varejo referentes a abril também sairão e devem ter forte queda, de -20% M/M no caso do varejo ampliado e -12,0% M/M no caso do varejo restrito. O tom de otimismo no mercado internacional deve afetar os preços de ativos brasileiros hoje, com alta na bolsa e valorização do real diante do dólar. Os juros futuros, por sua vez, devem recuar.

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