Hoje na Economia – 29/06/2020

Hoje na Economia – 29/06/2020

Mercados internacionais iniciam a semana mantendo a cautela observada nos últimos dias, preocupados com possíveis avanços de uma segunda onda de covid-19 pelo mundo e particularmente nos EUA. O recrudescimento da epidemia em estados americanos importantes esfria o entusiasmo quanto a uma retomada mais rápida das principais economias, cujos dados têm se mostrado mais favoráveis nas últimas semanas.

As bolsas da Ásia fecharam em baixa, nesta segunda-feira. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific apurou perda de 1,20%, no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei liderou as perdas na região, com queda de 2,30% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 1,93% em Seul e o Hang Seng teve baixa de 1,01% em Hong Kong. Na China, que voltou a operar após dois dias fechados por conta de feriados, o índice Xangai Composto teve desvalorização de 0,61%. O lucro de grandes empresas industriais da China subiu 6% em maio se comparado a igual mês do ano passado, num sinal de que a economia chinesa vem se recuperando do choque do coronavírus. O mercado praticamente ignorou esse dado positivo, dado o mau humor reinante na região. Em Taiwan, o índice Taiex fechou com queda de 1,01%. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 107,21 ienes, contra 107,23 dos final de sexta-feira.

Na Europa, bolsas de ações operam entre altos e baixos, sem um direcional claro, com investidores acompanhando a disseminação do coronavírus pelo mundo e, em particular, nos EUA. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta discreta de 0,04%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,12%; enquanto o CAC40 recua 0,09% em Paris. Em Frankfurt, o DAX tem alta mais robusta: 0,43%. O euro se valoriza 0,34%, sendo negociado a US$ 1,1257, nesta manhã.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta discreta, não permitindo uma aposta firme quanto ao desempenho dos mercados à vista na abertura de hoje. Preocupações com a disseminação do coronavírus aumentam. Ontem, o país atingiu recorde de novos casos da doença em 24 horas. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,43%, no momento; S&P 500 avança 0,30%; Nasdaq registra queda de 0,06%. O juro pago pela Treasury de 10 anos sobe 0,51% situando-se me 0,6446% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede o valor da moeda americana diante de uma cesta de seis moedas fortes, recua 0,13%, situando em 97,30 pontos.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã de segunda-feira, ampliando as perdas da semana passada. Persistem preocupações que a nova onda de infecções por coronavírus em diversas partes do mundo interrompa a recuperação da economia global. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para agosto é negociado a US$ 37,95/barril, com queda de 1,43%.

No Brasil, a Bovespa deve abrir sem direcional claro, acompanhando a disseminação de novas ondas de infecções da doença em diversas partes do mundo, mas principalmente nos EUA. Ademais, os riscos políticos e fiscais domésticos amplificam a volatilidade externa. Nesse ambiente instável, câmbio e juros longos devem mostrar também elevada volatilidade. Na agenda, a FGV divulga o IGP-M de junho, que deve mostra inflação de 1,50% no mês, enquanto o Caged deve mostrar que o mercado formal de trabalho fechou liquidamente 907,6 mil postos de trabalho em maio.

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