Hoje na Economia – 26/10/2020

Hoje na Economia – 26/10/2020

Principais bolsas internacionais operam em baixa, nesta manhã de segunda-feira, em um ambiente de maior percepção de risco, diante do vigor da segunda onda de infecções por coronavírus que atinge a Europa e EUA. Pesa negativamente, também, o impasse nas negociações entre o governo americano e a oposição democrata por um novo acordo de estímulos fiscais.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa. No Japão, o índice Nikkei teve baixa marginal de -0,09% em Tóquio, pressionado por ações de siderúrgicas e do setor financeiro. Na China, o índice Xangai Composto caiu -0,82%, com destaque para as quedas dos papéis do setor financeiro. O sul-coreano Kospi teve queda de -0,72% em Seul, enquanto o Taiex teve ganho discreto de 0,08% em Taiwan. Em Hong Kong, bola local não operou devido a feriado. No mercado de moeda, o dólar é cotado a 104,90 ienes contra 104,71 ienes de sexta-feira à tarde.

Na Europa, as bolsas acompanharam a tendência ditada pela Ásia, abrindo os negócios no vermelho, com a aversão ao risco alimentada por temores de que a nova onda de infecções por coronavírus deverá abortar a incipiente recuperação da economia da região. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600 opera com queda de -1,53%. Em Londres, o FTSE100 recua -0,80%; o CAC40 cai -0,66% em Paris; em Frankfurt, o DAX perde -2,10%. O euro é negociado a US$ 1,1811, recuando ante o valor de US$ 1,1861 de sexta-feira à tarde. Na Alemanha, foi divulgado o índice de sentimento das empresas (índice IFO), que caiu de 93,2 pontos em setembro para 92,7 pontos em outubro, interrompendo uma sequência de cinco altas consecutivas em meio à nova onda de infecções por covid-19 que atinge o país e outras partes da Europa.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em queda e os juros dos Treasuries recuam nesta manhã, com investidores desanimados diante do interminável impasse das negociações entre o governo e a oposição democrata em torno de um novo pacote fiscal. O índice futuro do Dow Jones recua -0,86%; S&P 500 perde -0,84%; Nasdaq registra queda de -0,87%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 0,84% ao ano, caindo um ponto base. O dólar avança frente às principais moedas, sinalizando a busca por segurança diante do salto no número de infecções por covid-19 e frente ao impasse entre democratas e governo sobre o pacote fiscal. O índice DXY situa-se em 92,91 pontos, com alta de 0,16%, no momento.

No mercado de petróleo, as cotações operam em baixa diante dos temores de que o avanço das infecções por covid-19 na Europa e EUA derrubem a demanda pela commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é cotado a US$ 38,80/barril, com queda de -2,63%.

No mercado doméstico, a Bovespa deve abrir em baixa, acompanhando os futuros das bolsas de Nova York, ao mesmo tempo em que investidores devem avaliar importantes balanços corporativos como Bradesco, Santander, Vale e Petrobrás, que serão divulgados nos próximos dias. No mercado DIs, a ponta mais curta da curva deve operar perto da estabilidade, à espera da reunião do Copom, nesta quarta-feira, que deve manter a Selic em 2%, com crescente desconforto não só pela questão fiscal, como pelas pressões inflacionárias recentes. O dólar deve se manter em alta diante do real, neste dia de maior aversão ao risco.

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