Hoje na Economia – 02/11/2020

Hoje na Economia – 02/11/2020

Após as seguidas altas recentes, mercados acionários globais passam por ajustes e realização de lucros, enquanto se avalia a evolução das vacinas contra o novo coronavírus e acompanham as discussões políticas em Washington em torno das futuras relações com a China e do novo pacote fiscal de suporte à economia.

Na Ásia, o dia foi de realização de lucros, levando a maioria das bolsas da região a fecharem no vermelho. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific registrou queda de -0,20%, nesta quarta-feira. O presidente eleito Joe Biden afirmou à imprensa que não tem planos a retirada imediata das tarifas impostas a produtos chineses. A moeda chinesa, negociada offshore, se desvalorizou, enquanto o índice Xangai Composto fechou com queda discreta de -0,07% em Xangai. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu -0,13%. No Japão, o índice Nikkei terminou o dia com valorização de marginal de 0,05%, enquanto o sul-coreano Kospi foi o destaque de alta na região, se valorizando 1,58% em Seul. No mercado de moeda, o dólar é cotado a 104,61 ienes, contra 104,33 ienes de ontem à tarde.

O dólar que operou em queda ao longo da madrugada, mostra certa recuperação em meio às dúvidas se o presidente eleito Joe Biden irá suspender as tarifas impostas sobre produtos chineses, ao mesmo tempo em que em Londres aumentam as dúvidas quanto à conclusão de um acordo pós-Brexit. O índice DXY do dólar, que mede o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas fortes, sobe discretos 0,05%, situando-se em 91,34 pontos. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 0,92% ao ano, subindo quatro pontos base. Pelo mercado futuro de ações das bolsas de Nova York, o pregão de hoje deverá ter uma abertura em baixa: o futuro do Dow Jones recua -0,39%; S&P 500 perde -0,22%; Nasdaq tem queda marginal de -0,03%. Será divulgada a folha de pagamento do setor privado americano, apurada pela ADP, que deve mostrar criação líquida de 430 mil postos de trabalho em novembro, contra 365 mil em outubro, segundo o consenso do mercado. Será divulgado também o Livro Bege, que deve dar um panorama atualizado sobre a evolução recente da economia americana.

Na Europa, a maioria das bolsas opera no vermelho, nesta manhã. Preocupações com a evolução da segunda onda de contágio do novo coronavírus, reduzindo o ritmo da atividade em importantes cidades, e dúvidas quanto a um acordo pós-Brexit pesam sobre o humor do investidor europeu, nesta manhã. No momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com queda de -0,28%; em Londres, o FTSE100 tem alta marginal de 0,11%; o CAC40 recua -0,22% em Paris; em Frankfurt, o DAX perde -0,44%. O euro é negociado a US$ 1,2050, recuando frente ao valor de 1,2073 do ontem à tarde.

Os contratos futuros de petróleo operam em torno da estabilidade, nesta manhã. Investidores avaliam a alta dos estoques americanos, enquanto aguardam a estatística oficial que será divulgada pelo Departamento de Energia (DoE), nesta tarde. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 44,67/barril, com alta de 0,20%.

Na agenda de indicadores brasileiros, o IBGE divulga a produção industrial de outubro, que deve ter subido 1,05% na comparação mensal e 1,1% em relação a igual mês do ano passado, segundo a mediana das projeções do mercado coletadas pela Bloomberg. A Bovespa, após as altas recentes que levou o índice a romper os 111 mil pontos, pode seguir os futuros de ações americanos e iniciar os negócios realizando lucros. O movimento global do dólar pode favorecer o real, enquanto os juros devem se manter nos atuais níveis, enquanto se aguarda por novos lances quanto ao ajuste fiscal.

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