Hoje na Economia – 29/12/2020

Hoje na Economia – 29/12/2020

Mercados financeiros seguem em tom otimista na última semana do ano. A Câmara dos Representantes nos EUA aprovou uma medida para aumentar o tamanho da ajuda emergencial dada às famílias de US$ 600 para US$ 2000, atendendo a um pedido do presidente dos EUA, Donald Trump, porém o Senado, dominado pelo Partido Republicano, deve barrá-la, devido a campanhas eleitorais no estado da Geórgia e com a influência do presidente Trump no partido diminuindo à medida que seu mandato chega próximo ao fim.

Na Ásia, as bolsas fecharam quase todas em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 1,0%, com avanços de 2,66% no Nikkei225 do Japão (que alcançou o maior nível desde agosto de 1990), 042% no KOSPI de Seul e 0,96% no Hang Seng de Hong Kong. A bolsa de Xangai teve queda de -0,54%, afetada por ações do setor de carvão. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,14%, cotado a ¥/US$ 103,66.

Na Europa, as bolsas também operam em alta. Há avanços de 1,05% no índice pan-europeu STOXX600, 2,44% no FTSE100 de Londres, 0,50% no CAC40 de Paris e 0,39% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando 0,30% diante do dólar, cotado a US$/€ 1,2253. A libra também está se apreciando hoje, +0,28%, cotada a US$/£ 1,3489.

Os índices futuros das bolsas americanas operam em alta, de 0,50% no Dow Jones, 0,47% no S&P500 e 0,40% no NASDAQ. O dólar está perdendo valor contra outras moedas, com o índice DXY recuando -0,35%. Os juros futuros estão em alta, com o yield da Treasury de 10 anos subindo 2 pb, para 0,94% a.a.. Hoje sairão apenas dados de preços de casas, que devem diminuir na margem de 1,3% M/M para 1,0% M/M em outubro.

Os preços de commodities em sua maioria estão em alta. O índice geral da Bloomberg sobe 0,08%. Há avanço de 1,28% no preço do petróleo tipo WTI, cotado a US$ 48,23/barril. Há altas também nos preços do níquel (+0,77%) e no ouro (+0,21%). Por outro lado, há quedas de -0,71% no cobre, -1,59% no minério de ferro e -0,24% na soja.

No Brasil, hoje sairão dados importantes. O IGP-M de dezembro deve arrefecer em relação aos meses anteriores, mas ainda deve mostrar inflação elevada na margem, passando de 3,28% M/M em novembro para 1,24% M/M nesse mês, de acordo com a mediana de projeções do mercado. A taxa de desemprego de outubro será divulgada, com a maioria dos analistas esperando ligeira alta de 14,6% para 14,7%. O resultado fiscal do governo central também será divulgado, com o déficit primário devendo ter aumentado de R$ -3,6 bi para R$ -22,6 bi. Os ativos brasileiros não devem ter direção única. A bolsa deve seguir sendo beneficiada pelo ambiente global mais otimista e subir, porém a taxa de câmbio deve seguir pressionada devido ao fim do overhedge e o uso de posições vendidas no câmbio para financiar apostas de alta na bolsa. Ontem o BC chegou a intervir com venda de câmbio no mercado spot em cerca de US$ 500 milhões, mas não foi o suficiente para evitar a alta no dia. O câmbio mais depreciado também deve seguir afetando os juros futuros, que podem subir ao longo do dia com dados de inflação e fiscal.

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