Hoje na Economia – 07/01/2021

Hoje na Economia – 07/01/2021

Mercados internacionais operam em sua maioria em alta, com alguns setores e ativos sendo mais beneficiados pela vitória do Partido Democrata nas eleições americanas, certificada ontem após grande confusão. O conflito na região da capital americana ontem teve pouco efeito sobre as bolsas, e a maior parte dos ativos relacionados ao trade de aumento de gastos e de inflação nos EUA segue em alta, exceção feita ao dólar diante de outras moedas.

Na Ásia as bolsas fecharam em sua maioria no território positivo. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,8%, com avanços de 1,60% no índice Nikkei225 de Tóquio, 0,71% na bolsa de Xangai e 2,14% no KOSPI de Seul. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de -0,52%, com recuos em especial nas ações de empresas de tecnologia e comunicações que serão proibidas de serem listadas nos EUA ou receberem investimentos no território americano. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,53%, cotado a ¥/US$ 103,59.

Na Europa a maior parte das bolsas opera em alta. O índice regional STOXX600 sobe 0,37%, com avanços de 0,51% no CAC40 de Paris e 0,66% no DAX de Frankfurt. Por outro lado, há queda de -0,33% no FTSE100 de Londres. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,57%, cotado a US$/€ 1,2258. As encomendas à indústria na Alemanha vieram melhores que esperado em novembro, com variação de +2,3% M/M contra expectativa de -0,5% M/M. Por outro lado, na Zona do Euro as vendas no varejo vieram bem piores que o esperado, com recuo de -6,1% M/M contra expectativa de -3,4% M/M, refletindo o aumento de casos de Covid-19. A prévia da inflação de dezembro, por outro lado, não teve surpresa, e ficou estável em -0,3% A/A no índice cheio e +0,2% A/A no núcleo.

Nos EUA os índices futuros de ações operam em alta. Há avanços de 0,32% no Dow Jones, 0,47% no S&p500 e 0,72% no NASDAQ. Os juros futuros seguem subindo, com o yield da Treasury de 10 anos não apenas seguindo acima de 1% a.a. como avançando 1 pb a mais, para 1,047% a.a.. O dólar está ganhando valor contra quase todas as outras moedas do mundo, revertendo o movimento das últimas semanas, com o índice DXY subindo 0,38%. Hoje sairá o dado do ISM serviços de dezembro, que deve ter recuado de 55,9 para 54,5. Os pedidos semanais de seguro desemprego da primeira semana de janeiro também sairão, devendo ter subido de 787 mil para 800 mil. Esses dados devem ter pouco impacto no mercado, refletindo uma situação sem estímulo fiscal diferente da que deve predominar daqui para frente.

Os preços de commodities operam sem direção única. O índice geral da Bloomberg tem recuo de -0,26%, com os avanços de ferro (1,16%) e cobre (0,44%) sendo compensados por quedas de níquel (-0,61%), soja (-0,62%), milho (-1,26%) e trigo (-1,04%). O petróleo tipo WTI está sendo negociado a US$ 50,99/barril, um avanço de 0,69% em relação a ontem, ajudado pela decisão unilateral de redução da produção da Arábia Saudita e expectativa de maior crescimento global.

No Brasil, ontem os preços de ativos brasileiros caíram com a declaração de um dos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, Baleia Rossi (MDB-SP), defendendo aumento de gastos com Bolsa Família ou novo auxílio emergencial. Hoje o IPC-FIPE de dezembro ficou abaixo do esperado, com variação de 0,79% contra mediana de projeções de 0,98%. O ambiente global deve fazer a bolsa brasileira subir, porém também deve pressionar o real a se depreciar diante do dólar. Os juros futuros também devem ser pressionados para cima, com aumento de juros no exterior e declarações contra austeridade fiscal de candidatos à presidência das casas legislativas.

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