Hoje na Economia – 12/04/2021

Hoje na Economia – 12/04/2021

Nesta semana, o foco permanecerá em torno das preocupações inflacionárias nos EUA, onde a agenda traz novos dados de atividade e inflação ao consumidor, após a surpresa altista do PPI divulgado na sexta-feira. Mercados atentos também às manifestações de membros do Fed e ao início da temporada de balanços.

Nesta manhã, os mercados de ações operam em baixa. Investidores avaliam os riscos inflacionários e um crescimento global desequilibrado. Enquanto a economia americana se acelera, outras se arrastam, limitadas pelas amarras da pandemia do covid-19, em meio a fortes estímulos fiscais e monetários que podem empurrar o mundo para inflação.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa nesta manhã, sinalizando possível realização de lucros após as máximas históricas atingidas no último pregão. O futuro do Dow Jones recua 0,27%; S&P 500 cai 0,20%; Nasdaq registra queda de 0,21%. Nos próximos dias, iniciará a temporada de balanços, com resultados de bancos, como JPMorgan e Goldman Sachs. Os juros pagos pelos títulos de 10 anos recuam dois pontos base, para 1,64% ao ano, enquanto se espera pelo leilão de T-Notes de 3 e 10 anos, que ocorre hoje. O índice DXY do dólar sobe 0,10% nesta manhã, buscando se recuperar da queda de mais de 0,90% na semana passada.

Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em baixa. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou a sessão com queda de 0,90%. Notícias de que o governo de Pequim pretende impor forte controle sobre as compras de commodities e o aumento descoordenado da pandemia de covid-19 na Índia pesaram sobre o humor dos investidores locais. Na China, o índice Xangai Composto fechou com queda 1,09%, enquanto o Hang Seng perdia 0,86% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei teve queda de 0,27%, com a lentidão da vacinação contra covid-19 no país contribuindo para a aversão ao risco. A moeda japonesa valorizou 0,20%, sendo o dólar negociado a 109,47 ienes, nesta manhã. Na Coreia do Sul, o Kospi caminhou na contramão da região fechando com ligeira alta de 0,12% em Seul.

Na Europa, as bolsas locais operam no vermelho, acompanhando o mau humor vindo da Ásia. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em baixa de 0,32%, no momento. Nem mesmo a divulgação das vendas no varejo em fevereiro, melhor do que o esperado pelos analistas, alterou a tendência baixista que predomina no dia de hoje. As vendas subiram 3% em fevereiro ante janeiro, apesar do endurecimento das medidas de restrições para conter a covid-19. Em Londres, o FTSE100 recua 0,49%; em Paris e em Frankfurt, o CAC40 e o DAX operam perto da estabilidade. O euro é cotado a US$ 1,1903, com alta de 0,03%.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI para maio é negociado a US$ 59,41/barril, com alta de 0,22%, no momento. As dúvidas quanto ao impacto da pandemia sobre a demanda da commodity mantêm esse mercado sem direcional claro.

No Brasil, as atenções estarão concentradas no conturbado ambiente político, com foco na eventual solução do impasse do orçamento e na instalação da CPI da covid-19 no Senado. No intuito de esvaziar a CPI, o Planalto poderá aliviar no orçamento, buscando atrair o Centrão, mas podendo desagradar à equipe econômica. O Ibovespa deve abrir em queda, acompanhando os mercados internacionais e o ambiente interno pouco favorável ao risco. Incertezas domésticas devem favorecer o dólar e manter os juros futuros pressionados.

Topo