Hoje na Economia – 16/04/2021

Hoje na Economia – 16/04/2021

Mercados acionários sobem hoje ao redor do mundo, batendo novos recordes, após dados ontem nos EUA e hoje na China indicarem recuperação dessas economias em ritmo forte.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,3%, com avanços de 0,14% no Nikkei225 de Tóquio, 0,13% no KOSPI de Seul, 0,61% no Hang Seng de Hong Kong e 0,81% na bolsa de Xangai. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,08%, cotado a ¥/US$ 108,85. Dados econômicos chineses mostraram as maiores taxas de crescimento da série histórica na variação A/A, mas ligeiramente menores que esperado no caso do PIB e da produção industrial, e acima das expectativas no caso das vendas no varejo. O PIB chinês teve crescimento de 18,3% A/A, 0,2 pp abaixo do esperado, e na variação trimestral desacelerou de 3,2% T/T no 4º tri para 0,6% T/T no 1º tri (contra expectativa de 1,4% T/T). A produção industrial teve crescimento de 24,5% A/A (2,0 pp abaixo da expectativa), enquanto as vendas no varejo subiram 33,9% A/A (2,2 pp acima da expectativa).

Na Europa, as bolsas operam em alta. Há avanços de 0,72% no índice pan-europeu STOXX600, 0,76% no FTSE100 de Londres, 0,72% no CAC40 de Paris e 1,11% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,09%, cotado a US$/€ 1,1978. A balança comercial da Zona do Euro veio abaixo do esperado (18,4 bi contra 22,0 bi projetado para o dado de fevereiro). Não houve surpresas na revisão do dado de inflação de março, que ficou em 0,9% M/M e 1,3% A/A.

Nos EUA, os índices futuros de ações em sua maioria sobem, com altas de 0,16% no Dow Jones, 0,04% no S&P500, mas com queda de -0,16% no NASDAQ. Juros futuros estão caindo ligeiramente, com o yield da Treasury de 10 anos recuando menos de 1 pb, para 1,57% a.a, contra 1,63% a.a. dois dias atrás.. O patamar mais baixo de juros futuros ajudou no rally de ações ao redor do mundo, e parece ter sido causado por uma ligeira surpresa negativa com o núcleo de vendas no varejo ontem nos EUA, que ainda assim subiu consideravelmente na margem (mais de 6% M/M). O dólar agora está perdendo valor contra as principais economias do mundo, com o índice DXY recuando 0,07%. Hoje saem dados do mercado imobiliário, com expectativa de alta em março após dados de fevereiro serem distorcidos pelo inverno rigoroso. A confiança do consumidor da Universidade de Michigan também será divulgada, devendo ter alta em abril e indicando que o consumidor está mais otimista com a ajuda governamental e avanço na vacinação contra Covid-19.

Os preços de commodities operam em alta com o otimismo global com atividade. O índice geral da Bloomberg avança 0,30%, com aumentos de 1,45% no ferro, 2,31% no cobre e 0,38% no petróleo tipo WTI, que está sendo negociado a US$ 63,7/barril. Há quedas modestas em algumas outras commodities, como -0,08% no níquel e -0,23% no trigo.

O Brasil nos últimos dias foi beneficiado pelo ambiente global melhor, mesmo sem muitas notícias domésticas boas em relação ao orçamento de 2021, que parece que será solucionado com recuo da posição do Ministério da Economia e ganho do Congresso. Hoje deve sair dado de inflação medido pela FGV, o IPC-S da 2ª semana, que deve ter diminuído de 1,00% para 0,90%. O ambiente global benigno deve prevalecer sobre preços de ativos hoje, levando a valorização do real, alta na bolsa e queda nos juros futuros.

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