Hoje na Economia – 07/05/2021

Hoje na Economia – 07/05/2021

Os investidores tocam os negócios, nesta manhã, com certo otimismo, de olho nos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, animados pelas boas expectativas que cercam a economia global, em que pese às ameaças representadas pela disseminação da pandemia de covid-19 em algumas regiões do mundo. O dólar recua diante das principais moedas; os juros dos treasuries tem ligeira flutuação, enquanto commodities operam em alta. Investidores não estão dando muita atenção às ameaças inflacionárias decorrentes da retomada, mas tentam imaginar o momento em que os bancos centrais começarão a drenar a liquidez dos mercados.

O mercado de trabalho americano deve confirmar a força da recuperação da economia americana. Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego (payroll) deve registrar a criação de 1 milhão de novos postos de trabalho em abril, que se segue ao volume de 916 mil postos criados no mês de março. A taxa de desemprego deve recuar de 6% para 5,8%, com o dado de abril. O yield da Treasury de 10 anos sobe menos do que um ponto base no momento, situando-se em 1,57% ao ano, enquanto o índice DXY recua 0,21%, para 90,76 pontos. Os futuros dos índices de ações Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam com altas marginais de 0,10%, 0,08% e 0,18%, respectivamente.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam mistas, sem um denominador comum, em que pese os bons números apresentados pela balança comercial da China, em que tanto as exportações como as importações subiram mais do que o esperado pelo mercado. As exportações, em abril, cresceram 32,3% em comparação com igual mês de 2020, ao passo que as importações subiram 43,1%, na mesma base de comparação. Esses dados não foram suficientes para compensar a decepção com os setores ligados ao turismo chinês, que tiveram fraco desempenho nos feriados recentes. Por conta disso, o índice Xangai Composto fechou o dia com queda de 0,65%. Já em Hong Kong, o Hang Seng teve leve perda de 0,09%. No Japão, o índice Nikkei teve alta marginal de 009% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,58% em Seul. Em Taiwan, o Taiex registrou alta de 1,71%. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 109,12 ienes, contra 109,10 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, as bolsas locais abriram em alta, motivadas por balanços corporativos com resultados melhores do que o esperado pelos analistas, enquanto se aguarda pelos dados sobre emprego nos EUA. Os bons resultados sobre a balança comercial chinesa, reforçando o cenário de crescimento global, também contribui para o bom humor dos investidores. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,43%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,49%; o CAC40 tem alta marginal de 0,09% em Paris, enquanto em Frankfurt, o DAX avança 1,03%. O euro valoriza 0,17% ante o dólar, cotado a US$ 1,2085.

Os preços de commodities sobem, com o índice geral da Bloomberg avançando 0,49%, atingindo o seu nível mais elevado desde 2011. O destaque mais uma vez ao cobre que sobe 1,43%, voltando a ser comercializado em níveis recordes. O petróleo cai, com o barril tipo WTI sendo negociado a US$ 64,65, um recuo de 0,10%.

Na agenda econômica doméstica, o IBGE divulga as vendas do varejo de março. Segundo as projeções do mercado, as vendas deverão recuar -5,1% na comparação mensal e -1,6% na comparação anual. No conceito ampliado, que inclui as vendas de autos e materiais de construção, espera-se queda de -11,6% m/m e aumento de 5,7% a/a. A FGV divulga o IGP-DI de abril, que deve mostrar inflação de 1,72% no mês e 32,8% em doze meses.

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