Índice econômico – varejo (mar/21)

Índice econômico – varejo (mar/21)

As vendas no varejo no Brasil tiveram queda de -0,6% M/M em março, menos intensa do que a mediana de projeções do mercado (-5,1% M/M), mas mais próxima da expectativa da SulAmérica Investimentos (-1,6% M/M). Em relação ao mesmo mês do ano passado houve alta de 2,4% A/A.

As vendas no varejo restrito em março de 2021 tiveram comportamento semelhante ao visto em março de 2020. Houve queda pequena na variação mensal nesses meses (-0,6% M/M nos dois casos), mas com grande diferença no comportamento de cada segmento. As vendas de bens essenciais subiram ou caíram pouco. O grupo Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve alta de 3,3% M/M em mar/21, comparado com 0,7% M/M em fev/21 e 13,3% M/M em mar/20. O grupo Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve queda de -0,1% M/M em mar/21, comparado com queda de -0,4% M/M em fev/21 e alta de 1,9% M/M em mar/20.

Já as vendas de bens não essenciais tiveram queda forte em março de 2021, comportamento semelhante ao visto em março de 2020. O setor de Móveis e eletrodomésticos teve queda de -22,0% M/M em mar/21, comparado com -25,5% M/M em mar/20. Tecidos e vestuário teve contração de -41,5% M/M em mar/21, contra -42,1% M/M em mar/20. Alguns setores tiveram queda menos intensa que no mesmo mês do ano passado mas ainda substancial, como Livros, jornais, revistas e papelaria (-19,1% M/M contra -37,7% M/M), Combustíveis e lubrificantes (-5,3% M/M contra -10,5% M/M), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-4,5% MM contra -11,3% M/M) e Outros artigos de uso pessoal (-5,9% M/M contra -22,7% M/M).

O varejo ampliado teve contração de -5,3% M/M em março, metade do que foi visto no mesmo mês do ano passado (-11,6% M/M). As vendas de Veículos, motos, partes e peças caíram -20% M/M em mar/21, contra -36,7% M/M em mar/20, enquanto Material de construção caiu -5,6% M/M, contra -12,9% M/M no mesmo mês do ano passado.

Assim, os setores afetados negativamente em março devido à nova onda de Covid-19 tiveram em geral queda menor do que no mesmo mês do ano anterior. Alguns, mais afetados, tiveram queda igual (Vestuário, Móveis), porém o recuo nos outros setores ficou entre ¼ e 1/2 do visto em março do ano passado. Por outro lado, a compra de bens essenciais, que representam quase metade do varejo restrito em termos de valor, subiram, mas também menos que no ano passado.

As vendas no varejo devem subir em abril. O relaxamento das restrições à mobilidade deve ajudar os setores que tiveram forte contração em março, junto com aumento da renda das famílias, com a volta do pagamento do auxílio emergencial. A expectativa da SulAmérica Investimentos para o varejo é de alta de 1,2% M/M em abril e 1,6% no ano de 2021, contra 1,2% em 2020.

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