Hoje na Economia – 26/05/2021

Hoje na Economia – 26/05/2021

Mercados financeiros iniciam o dia com ligeira alta, com algum receio ainda com o aumento de inflação em diversos países, mas menor nos EUA devido à contínua fala de diversos membros do FOMC que acreditam que o aumento recente é transitório e que os estímulos não devem ser retirados tão cedo.

Na Ásia, o índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,3%, com avanços nos principais mercados. Houve alta de 0,31% no Nikkei225 de Tóquio, 0,88% no Hang Seng de Hong Kong, 0,34% na bolsa de Xangai e 0,75% no SENSEX da Índia. O KOSPI de Seul, por outro lado, teve queda de -0,09%. O iene está se desvalorizando contra o dólar, -0,11%, cotado a ¥/US$ 108,90.

Na Europa, as bolsas operam sem direção única. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,10%, ajudado pela alta de 0,12% no CAC40 de Paris. Por outro lado, há quedas de -0,11% no FTSE100 de Londres, -0,10% no DAX de Frankfurt e -0,06% no IBEX de Madri. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,09%, cotado a US$/€ 1,2239.

Nos EUA, os índices futuros de bolsas estão em alta, após terem caído ligeiramente ontem. Há avanço de 0,27% no Dow Jones, 0,26% no S&P500 e 0,24% no NASDAQ. O dólar está ganhando valor diante de importantes moedas de países desenvolvidos (euro, iene e dólar canadense), mas está perdendo valor diante da maior parte de moedas de países ligadas a commodities ou de países em desenvolvimento. O índice DXY sobe 0,10%, mas o índice de força do dólar diante de moedas emergentes recua -0,02%. Os juros futuros americanos estão praticamente estáveis, em 1,565% a.a. no caso do yield da Treasury de 10 anos. Hoje apenas um membro do FOMC faz discurso (Quarles).

Os preços de commodities operam sem direção única. O índice geral da Bloomberg tem alta de 0,16%, ajudado pelo avanço no ouro (0,52%) e em algumas commodities agrícolas (milho 0,73%). Por outro lado, o petróleo tipo WTI recua -0,17%, cotado a US$ 65,96/barril. As commodities metálicas tiveram um dia de queda também, com recuos de -2,22% no ferro, -0,29% no cobre e -0,46% no níquel.

No Brasil, hoje sairão diversos dados. O INCC-M de maio deve ter mostrado aceleração, de 0,95% M/M para 1,28% M/M. A conta corrente deve ter ficado superavitária, passando de US$ -4,0 bi em março para US$ +6,0 bi em abril, com investimento direto também elevado (US$ 5,0 bi). O CAGED deve sair hoje, devendo ser o principal dado a afetar os mercados, com a mediana de projeções estando em 155 mil vagas criadas, uma desaceleração em relação ao dado do mês anterior (184 mil em março), mas ainda bastante elevado. Ontem a CCJ da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da reforma administrativa. O noticiário político mais benigno, junto com ambiente global mais favorável, pode ajudar a bolsa brasileira a subir hoje. O real deve se valorizar levemente diante do dólar, com influências antagônicas do ambiente global positivo e da queda de algumas principais commodities que o Brasil exporta. Os juros futuros, por sua vez, podem abrir o dia em queda, com avanço das reformas estruturais, mas devem reagir mais ao dado do CAGED, em especial se ele vier acima do esperado.

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