Hoje na Economia – 24/06/2021

Hoje na Economia – 24/06/2021

Mercados iniciam o dia em tom majoritariamente otimista, com atenção voltada para falas de membros do FOMC que ocorrem hoje (Barkin, Bullard), após o tom mais hawkish das falas de ontem de Kaplan.

Na Ásia o índice regional MSCI Asia Pacific caiu -0,1%, influenciado por bolsas de países do Sudeste Asiático (-0,4% Malásia, -0,6% Tailândia, -0,5% Indonésia, -0,1% Filipinas). As principais bolsas do Leste Asiático tiveram alta, de 0,23% no caso do Hang Seng de Hong Kong, 0,01% na bolsa de Xangai e 0,30% no KOSPI de Seul. O Nikkei225 de Tóquio ficou estável. O iene está se valorizando diante do dólar, 0,14%, cotado a ¥/US$ 110,81. Hoje o Banco do Povo da China injetou mais liquidez (30 bi de yuan) do que vinha fazendo desde março (10 bi de yuan), para evitar aumento sazonal de juros nos vencimentos mais curtos.

Na Europa as bolsas operam em alta. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,64%, com altas de 0,30% no FTSE100 de Londres, 0,96% no CAC40 de Paris e 0,66% no Dax de Frankfurt. O euro se valoriza 0,17% diante do dólar, cotado a US$/€ 1,1946. O índice IFO de clima de negócios na Alemanha veio acima do esperado em junho, 101,8 contra expectativa de 100,7. Houve surpresa para cima tanto nas expectativas (104 contra 103,6) quanto na situação atual (99,6 contra 97,9). Hoje há reunião do Banco da Inglaterra, que deve manter a política monetária inalterada.

Nos EUA os índices futuros de ações têm alta, de 0,56% no caso do Dow Jones, 0,52% no S&P500 e 0,63% no NASDAQ. O dólar está perdendo valor diante de quase todas as moedas do mundo, com o índice DXY recuando -0,11%. Os juros futuros sobem hoje quase 1 pb, para 1,49% a.a. no caso da Treasury de 10 anos. Diversos dados de atividade serão divulgados hoje. Os pedidos semanais de seguro-desemprego devem ter voltado a ficar abaixo de 400 mil (380 mil é a mediana de projeções do mercado), após terem subido surpreendentemente para 412 mil na semana passada. As encomendas de bens duráveis em maio devem ter tido alta, de 2,8% M/M no índice geral e 0,7%M/M excluindo transporte.

Os preços de commodities não têm comportamento único. O índice geral da Bloomberg recua -0,39%, com quedas de -1,31% na soja, -1,87% no milho e -1,43% no trigo, mas altas de 1,95% no cobre, 1,39% no minério de ferro e 1,86% no níquel. O preço do petróleo segue em alta, com o barril tipo WTI avançando 0,11% e cotado a US$ 73,16.

No Brasil hoje sairá o Relatório Trimestral de Inflação. O mercado deve prestar bastante atenção a ele e à coletiva do presidente do BC que ocorre mais tarde, devido à divulgação de projeções do BC e possibilidade da comunicação do Banco Central ficar ainda mais hawkish. A projeção do PIB e estudos acerca do efeito de alta de preços de energia que ocorrerão com a seca ou inércia podem ser destaques. As bolsas brasileiras hoje devem subir e o real deve se valorizar com o ambiente global mais propenso ao risco. Por outro lado, os juros futuros podem seguir em alta, com a comunicação do BC podendo ficar ainda mais hawkish.

Topo