Índice econômico – Produção industrial (set/21)

Índice econômico – Produção industrial (set/21)

A produção industrial brasileira teve queda de -0,4% M/M em setembro, abaixo da projeção da SulAmérica Investimentos (-0,05% M/M) e da mediana de projeções do mercado (-0,20% M/M). Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve contração de -3,9% A/A e a variação em 12 meses diminuiu de 7,2% para 6,4%. Esse já é o quarto mês seguido com variações negativas no índice dessazonalizado (sendo que nos últimos 8 meses em 7 deles houve quedas) e segundo mês seguido com queda na comparação A/A.

Nas categorias de uso houve alta apenas na produção de bens de consumo não duráveis, de 0,2% M/M. Essa categoria teve crescimento nos últimos três meses, de 1,4%, mas ainda não se recuperou plenamente da queda vista em junho, de -2,0%. As outras três categorias de uso tiveram queda em setembro. A produção de bens de capital, que estava tendo um desempenho positivo até julho, já teve quedas consideráveis em agosto (-1,2%) e setembro (-1,6%), refletindo a piora da confiança e das condições financeiras. A produção de bens intermediários teve queda pequena em setembro (-0,1%), mas já acumula redução de 4% desde março. A produção de bens de consumo duráveis é a mais seriamente afetada pelos problemas de oferta de insumos e cadeias de produção, com queda de -0,2% M/M em setembro, mas redução acumulada de 30% desde o final do ano passado.

Sinais de atividade mais fraca seguem aparecendo na economia brasileira. Na indústria eles estão bastante relacionados com problemas de oferta, mas começam a aparecer também alguns fatores limitadores na demanda, como na produção de bens de capital. A expectativa da SulAmérica Investimentos é de recuperação lenta da produção industrial, com a normalização das cadeias de produção ocorrendo em 2022, e com isso a produção industrial deve ter crescimento de 4% em 2021, contra queda de -4,5% em 2020.  Os modelos de projeção de PIB de alta frequência apontam um viés para baixo no PIB do 3º trimestre, originalmente projetado com variação de 0,5% T/T, para algo em torno de 0,2% T/T.

Topo