Hoje na Economia – 03/12/2021

Hoje na Economia – 03/12/2021

Sem deixar de lado as incertezas referentes à variante ômicron do coronavírus, o foco estará voltado para os Estados Unidos, nesta sexta-feira, onde será divulgado o relatório de emprego referente a novembro. A expectativa é que os dados respaldem o cenário de forte crescimento da economia neste último trimestre do ano, dando força as apostas de que o Fed vai acelerar o “tapering” que pode terminar em meados do primeiro semestre de 2022, dando base para as apostas que esperam por duas ou três altas das taxas de juros de referência americanas. Segundo o consenso, a economia americana deve ter criado 525 mil novas vagas em novembro, mantendo ritmo semelhante ao observado no mês anterior (531 mil em outubro). A taxa de desemprego deve recuar de 4,6% para 4,5% com o dado de novembro.

O yield da Treasury de 10 anos continua flutuando em torno de 1,45% ao ano, enquanto o índice DXY tem viés de alta, subindo 0,14%, situando-se em 96,28 pontos, com o euro recuando a US$ 1,1289 e a libra a US$ 1,3268. Os índices futuros das bolsas de Nova York dão sinais mistos, nesta manhã. A notícia de que a Didi Global fechará capital em Wall Street e listará ações em Hong Kong após pressão do governo chinês, agrega cautela aos negócios, principalmente, para o setor de tecnologia. O futuro do índice de ações Dow Jones opera com alta marginal de 0,08%, o S&P 500 cai 0,10%; Nasdaq tem perda de 0,33%.

As bolsas da Ásia fecharam em alta, terminando em tom positivo em semana marcada pelo avanço da cepa ômicron do coronavírus, ao mesmo tempo em que se presenciou mais um ato da ofensiva regulatória do governo da China. A empresa de compartilhamento de carros, Didi Global informou que listará suas ações em Hong Kong, fechando capital em Nova York. Por conta disso, o índice Hang Seng encerrou o dia com queda de 0,09%. Também fechou em baixa o índice Taiex, que caiu 0,16% em Taiwan. Na China, a Caixin/Markit informou que o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços ficou em 52,1 em novembro, menor que outubro (53,8), mas registrando o terceiro mês de expansão do setor, que superou os efeitos da onda da variante Delta, que atingiu várias regiões do país. O índice Xangai Composto fechou a sessão de hoje exibindo valorização de 0,94%. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,0%, enquanto o sul-coreano Kospi registrou ganho de 0,78% em Seul.

As bolsas de Europa abriram os negócios nesta sexta-feira operando em alta, buscando uma recuperação após as fortes perdas de ontem, com o sentimento dos investidores prejudicado pelas incertezas referentes aos impactos da variante ômicron do coronavírus sobre a economia da região já ameaçada por nova onda de covid-19. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em alta de 0,38%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,24%; o CAC40 sobe 0,38% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,37%.

Os contratos futuros de petróleo exibem ganhos nesta manhã, refletindo a reunião do Opep+ que decidiu manter o atual plano de aumento da produção da commodity, enquanto se avalia os efeitos da variante ômicron do coronavírus sobre a demanda de petróleo. O contrato futuro do produto tipo WTI é cotado a US$ 68,48/barril, valorizando 2,98%.

Na agenda econômica doméstica, ganha destaque os números sobre a produção industrial de outubro, após a divulgação de um resultado negativo para o PIB do 3º trimestre, colocando a economia em uma recessão técnica. Espera-se por reação do 4º trimestre, o que deve ser visto já a partir dos dados da produção industrial de outubro, que segundo o consenso do mercado deve subir 0,8% ante setembro e recuar 5% diante da produção de igual mês de 2020. A fraqueza da economia reduziu as apostas em aceleração da Selic no Copom de quarta-feira e diminuiu a pressão sobre os DIs futuros. O Ibovespa deve continuar em alta diante do alívio fiscal proporcionado pela aprovação da PEC dos precatórios. O valor do dólar dependerá da payroll, que poderá reforçar as intenções do Fed em acelerar o ajuste monetário.

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