Hoje na Economia – 13/12/2021

Hoje na Economia – 13/12/2021

Os investidores iniciam a semana cautelosos, em compasso de espera. Aguardam pelas reuniões de política monetária que ocorrerão ao longo da semana, com o Fed na quarta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) na quinta-feira e o Banco do Japão na sexta-feira. Decisões difíceis diante da ameaça da variante ômicron do coronavírus sobre a atividade econômica global, em meio a fortes pressões inflacionárias.

Na Ásia, os investidores preferiram não arriscar, optando por esperar por definições de política monetária dos principais bancos centrais do mundo. As bolsas fecharam sem direcional único, nesta segunda-feira. O índice regional MCSI Asia Pacific fechou com queda de 0,70%, nesta segunda-feira. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,17%, refletindo a queda nas ações da Evergrande, bem como a inclusão da empresa chinesa Sense Time em uma lista de sanções pelo governo americano, ilustrando as dificuldades das empresas chinesas em operar em meio a um ambiente de divergências entre as duas maiores economias do mundo. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,40%, com investidores animados diante da perspectiva de novas medidas de estímulo econômico a serem adotadas por Pequim. No Japão, o índice Nikkei valorizou 0,71%, com investidores de olho na reunião do BoJ na sexta-feira. O sul-coreano Kospi recuou 0,28% em Seul, enquanto em Taiwan, o Taiex desvalorizou 0,33%.

Na Europa, a semana começa no azul, com a maioria das bolsas de ações registrando altas, em que pese as preocupações referentes à variante ômicron do coronavírus, que tem levado a muitos governos a restringir a mobilidade social. O quadro levou o mercado a passar a apostar na manutenção das atuais condições monetárias tanto para o BoE como para o BCE. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em alta de 0,66%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,19%; o CAC40 avança 0,49% em Paris; em Frankfurt, o DAX exibe alta de 1,03%.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece estável em 1,49% ao ano. O índice DXY do dólar, por sua vez, registra alta de 0,34%, situando-se em 96,42 pontos, refletindo a valorização da moeda americana diante das moedas fortes como também das emergentes. A expectativa de que o Fed deve acelerar o ritmo de redução da compra de ativos, após a alta da inflação ao consumidor divulgada na última sexta-feira nos EUA, sustenta a tendência de valorização do dólar. O euro recua para US$ 1,1267/€ desvalorizando 0,41%, enquanto a libra também se enfraquece, cai para US$ 1,3245/£ (-0,21%). Os índices futuros atrelados às bolsas de Nova York apontam para uma abertura positiva para o mercado à vista. O futuro do Dow Jones opera com alta de 0,30%, no momento; S&P 500 sobe 0,35%; Nasdaq valoriza 0,38%.

Os contratos futuros de petróleo, após forte valorização ao longo do overnight, passaram a exibir altas mais modestas. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para janeiro, é negociado a US$ 71,81/barril, valorizando 0,21%, nesta manhã.

No mercado doméstico, o compasso também é de espera. A divulgação da ata do Copom e do Relatório de Inflação, como também a decisão do Fed, será fundamental para a definição dos juros futuros. No mercado de câmbio, o real deve manter tendência de baixa ante o fortalecimento global do dólar, além das incertezas com os riscos fiscais. O Ibovespa deve manter o movimento de recuperação dos últimos pregões, mas atento aos sinais do Fed e das indicações do Copom.

Topo