Hoje na Economia 04/04/2016

Edição 1488

04/04/2016

Mercados de ações operam em alta hoje, enquanto petróleo e commodities recuam por conta de manutenção do excesso de oferta nos mercados de metais e óleo. O petróleo tipo WTI é cotado a US$ 36,79/barril, com queda de 0,10% no momento. O forte avanço registrado pelas exportações iranianas da commodity e a negação da Arábia Saudita em reduzir a produção do produto colaboram para derrubar os preços no dia de hoje, contaminando as demais commodities.

Na Ásia, o índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,4%, acompanhando a alta das bolsas americanas na sexta-feira, diante da baixa possibilidade de alta dos juros americanos no curto prazo, em que pese um relatório de emprego em março melhor do que o esperado. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio encerrou o pregão com queda de 0,25%. Pesou, mais uma vez, o fortalecimento do iene. No momento, o dólar é negociado a 111,64 ienes, com a moeda japonesa registrando apreciação de 0,10%, no momento. Na China, a bolsa de Xangai apurou alta discreta (+0,19%) na sessão desta segunda-feira, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng teve desvalorização de 1,34%.

Na Europa, em um pregão muito volátil, afetado por ações de empresas ligadas a petróleo e mineradoras, o índice de ações STOXX600 opera com alta de 0,77%, no momento. Demais praças também operam no azul: Londres +0,58%; Paris +1,05% e Frankfurt +0,92%. O euro troca de mãos a US$ 1,1361, recuando ante o valor de US$ 1,1395 no final de sexta-feira.

O índice futuro de ações S&P 500 registra valorização de 0,20%, indicando que o mercado de ações americano deve dar sequência a trajetória de alta verificada na sexta-feira, à medida que se consolida a ideia de que o Fed deve retardar o processo de ajuste monetário, ainda que o mercado de trabalho americano mostra-se firme. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 0,40% nesta manhã, situando-se em 1,764% ao ano. O dólar índex subiu para 94,757 pontos, com alta de 0,14% no momento, refletindo, principalmente, os ganhos da moeda americana com o iene japonês.

No Brasil, as atenções estarão totalmente voltadas para o cenário político, que se aproxima de momentos decisivos ao processo de impeachment. Nesta segunda-feira, o Advogado Geral da União deve apresentar a defesa da presidente Dilma junto à comissão, que pretende entregar o relatório final já na próxima semana. Novos lances e surpresas poderão surgir. Fala-se em estender o impeachment também para o vice-presidente, Michel Temer. Especula-se, inclusive, sobre as chances de renúncia dos dois, abrindo espaço para novas eleições. A volatilidade deve ser, mais uma vez, a tônica da semana, com a crise política podendo caminhar para momentos decisivos, onde o imponderável continuará sendo a tônica predominante.