Hoje na Economia – 08/04/2025
Cenário Internacional
A China prometeu retaliar a ameaça de Trump de aumentar em 50% as tarifas impostas ao país, indicando uma pequena chance de acordo no curto prazo. As autoridades chinesas têm sinalizado determinação em apoiar os mercados, com o PBoC afrouxando o controle sobre o yuan e prometendo empréstimos voltados à estabilização do mercado.
Na agenda de hoje, o índice NFIB, que mede a confiança dos pequenos negócios nos Estados Unidos, recuou de 100,7 em fevereiro para 97,5 em março, abaixo da expectativa do mercado, que era de 99.
Cenário Brasil
Segundo o Valor Econômico, o Executivo avaliou que impor medidas retaliatórias neste momento não seria produtivo. Paralelamente, a Folha de S.Paulo informa que o Brasil pretende ampliar ou reativar negociações de acordos comerciais com países asiáticos, Canadá e México, com o objetivo de mitigar o impacto do aumento tarifário e adotar uma postura mais ofensiva na agenda comercial para compensar a perda de mercado nos EUA.
A Folha também reportou que, em entrevista, o ministro Fernando Haddad avaliou que o Brasil está em uma posição “relativamente vantajosa”, por não ter sido penalizado com taxas elevadas, e reforçou que o governo irá agir com “a devida prudência” no diálogo com os Estados Unidos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem pressionado a Petrobras a reduzir os preços dos combustíveis nas refinarias. No entanto, a petroleira não pretende alterar os preços neste momento, a fim de evitar o repasse de volatilidades ao consumidor interno. Novos reajustes só serão aprovados quando a empresa entender que as cotações se estabilizaram em um novo patamar.
Na agenda doméstica, o Banco Central divulgou o resultado do setor público referente a fevereiro, que apresentou déficit primário de R$ 19 bilhões, abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um saldo negativo de R$ 24,8 bilhões.