Hoje na Economia – 09/06/2025
Cenário Internacional
Nesta manhã, representantes dos Estados Unidos e da China devem retomar as negociações comerciais.
Na agenda de dados, no Japão, o PIB do primeiro trimestre recuou 0,2% T/T, contra a estimativa inicial de -0,7%, refletindo revisões altistas nos dados de consumo e estoques. Na China, o PPI de maio registrou deflação de 3,3% A/A, enquanto o CPI caiu 0,1% A/A. Já a balança comercial do mesmo mês apresentou superávit de USD 103 bilhões, apesar do crescimento abaixo do esperado das exportações.
Nos Estados Unidos, será divulgada hoje, às 11h, a leitura final dos estoques no atacado referente a abril.
Cenário Brasil
O Ministério da Fazenda apresentou as medidas alternativas ao decreto do IOF discutidas com o Congresso. As principais propostas incluem: o fim da isenção tributária para títulos incentivados, como LCI e LCA, que passariam a ter alíquota de 5% de IR; o aumento da tributação sobre as bets, de 12% para 18% sobre a receita bruta; e uma padronização tributária no sistema financeiro, equiparando as alíquotas de CSLL — atualmente em 9%, 15% ou 20% — com a extinção da faixa de 9%. Além disso, foi anunciado um pré-acordo, ainda pendente de detalhes, para o aumento da alíquota do IR incidente sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Durante o fim de semana, membros do Banco Central comentaram sobre o cenário da política monetária. Gabriel Galípolo reforçou a necessidade de manter cautela e flexibilidade, afirmando que o Comitê chegará à próxima reunião com todas as opções em aberto, à luz dos dados disponíveis. Já Renato Gomes destacou que mais relevante do que o nível exato da taxa terminal é a intensidade do aperto monetário, que resulta da combinação entre o nível da taxa e o tempo de permanência em patamar contracionista.
Na agenda doméstica de dados, o Boletim Focus, divulgado nesta manhã, trouxe revisão marginal no IPCA de 2025, de 5,46% para 5,44%, e no crescimento do PIB do mesmo ano, de 2,13% para 2,18%.