Hoje na Economia 16/03/2015
Edição 1233
16/03/2015
Semana começa com investidor à espera do comunicado que o Fomc deverá divulgar ao final da reunião na quarta-feira. A remoção do termo "paciência" do comunicado irá sancionar apostas de que os juros poderão subir ainda neste ano, muito embora não haja consenso quanto ao momento exato do primeiro aumento.
Enquanto isso, o futuro do principal índice de ações norte-americano, S&P, opera com alta de 0,50%, sinalizando um movimento de recuperação ante as perdas de sexta-feira. O índice DXY, que acompanha o dólar frente a uma cesta de moedas, recua para 99,870, com queda de 0,46% no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,098%.
Na Europa, a maior liquidez proporcionada pelo QE europeu e a expectativa positiva que cerca as exportações por conta de um euro mais fraco alimentam otimismo, levando os principais mercados de ações da região a operar em alta nesta manhã. O índice pan-europeu de ações STOXX600 registra ganho de 0,67%, no momento. Londres sobe 0,49%, Paris +0,93% e Frankfurt +1,03%. O euro troca de mãos a US$ 1,0539 contra US$ 1,0490 no final de sexta-feira.
Na Ásia, a maior parte das bolsas de ações fechou em alta. A bolsa de Tókio foi exceção. Pressionada por realização de lucros, o índice Nikkei fechou com ligeira queda (-0,04%). A tendência de queda nos preços do petróleo e a cautela inspirada por anúncios de política monetária a serem feitas nesta semana no Japão e nos EUA também restringiram os negócios com ações. O dólar é negociado a 121,36 ienes nesta manhã, próximo à cotação de 121,43 ienes de sexta-feira à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com alta de 2,26%, diante da possibilidade de que o governo anuncie novas medidas de relaxamento monetário. Em Hong Kong, bolsa local subiu 0,53%.
No mercado de petróleo, produto tipo WTI é negociado a US$ 44,65/barril, com queda de 0,42%. Demais commodities, destaque para as altas de metais básicos (+0,13%) e agrícolas (+0,29%).
O ambiente doméstico segue contaminado pelas turbulências políticas e pelas preocupações com a Petrobrás. Sem novidades ou novos problemas, os mercados podem corrigir parte dos excessos de sexta-feira, marcado pela postura defensiva dos investidores. O câmbio deve seguir volátil. Às incertezas internas e expectativas de alta de juro americano somam a perspectiva de intensificação das intervenções do BC, com retorno às rolagens dos vencimentos de swaps, visando neutralizar parte das pressões cambiais recentes. Nos DIs, a forte alta das taxas mais curtas não encontra respaldo nas sinalizações do Copom, que não deve acelerar o ritmo de alta da Selic em abril. No entanto, caso persista a alta do dólar, o ciclo total pode ser estendido.